MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Mercado em pânico com Dilma:

BC prevê mais inflação, juros mais altos e PIB menor em 2015.

 
Com os principais indicadores econômicos de 2014 praticamente dados, as atenções dos analistas de mercado se voltam mais para 2015 e as projeções para o próximo ano mostram uma deterioração das expectativas para a inflação, para o crescimento e para as contas externas, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central.
 
A mediana das estimativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano seguiu em 6,43%, mas as projeções para 12 meses à frente e para 2015 subiram – de 6,55% para 6,57% e de 6,45% para 6,49%, respectivamente. O Focus mostra que os analistas veem uma inflação mais pressionada no próximo ano pelos preços administrados, cuja mediana subiu de 7,10% para 7,20%, e pelo câmbio mais depreciado, de R$ 2,65 para R$ 2,67.
A estimativa para o IPCA de novembro, que será divulgado na sexta-feira, caiu ligeiramente, de 0,60% para 0,59%. Para a taxa Selic, os analistas continuam a estimar avanço de 0,25 ponto percentual, para 11,50% neste ano e mais 0,50 ponto em 2015, para 12%. Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) informa sua última decisão em 2014. 
Os analistas Top 5 – o que mais acertam as projeções – acreditam num aperto maior esta semana, de 0,50 ponto para 11,75%, mas também veem o juro em 12% no ano que vem. Eles não mexeram em suas estimativas para o IPCA, que seguiram em 6,51% neste ano e em 6,40% em 2015.
Atividade
Quanto à atividade, as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto continuaram a cair, de 0,20% para 0,19% neste ano, e de 0,80% para 0,77% em 2015. Na sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB do terceiro trimestre cresceu apenas 0,1% sobre o segundo. 
Embora o resultado tenha encerrado a chamada recessão técnica (dois trimestres seguidos de queda) e tenha mostrado uma composição um pouco melhor, com reação da indústria e dos investimentos, não considerado uma recuperação da economia. A dinâmica mais favorável não deve continuar no último trimestre, nem antecipa um cenário de retomada consistente para 2015, segundo economistas consultados pelo Valor.
Ainda no Focus, a estimativa para a produção industrial deste ano foi revisada de queda de 2,30% para recuo de 2,26%, mas a de 2015 cedeu de alta de 1,30% para avanço de 1,13%.
Setor externo
Nas estimativas para o setor externo, houve queda na projeção para o saldo da balança comercial neste ano, de US$ 100 milhões para zero, e de 2015, de US$ 6,50 bilhões para US$ 6,31 bilhões. O déficit em conta corrente no ano que vem passou de US$ 77 bilhões para US$ 78 bilhões, enquanto o de 2014 seguiu em US$ 83 bilhões. (Valor Econômico)

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