MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 6 de abril de 2014

Cartórios privatizados são mais eficientes

       

Luan Santos
A TARDE

Dois anos após o início da privatização dos cartórios da Bahia, a promessa de serviços eficientes e rápidos parece, enfim, estar sendo cumprida, pelo menos nas unidades  de propriedade privada. Nas públicas, o atendimento ainda é alvo de constantes reclamações da população, devido às longas filas e à demora. Na última semana, a equipe do jornal A TARDE passou por repartições dos dois tipos para comparar a qualidade do atendimento.
Para um serviço simples, como a abertura de uma firma, por exemplo, o atendimento em um estabelecimento público pode chegar a duas horas, como no 14º Ofício (no Centro Empresarial Iguatemi). Em um privado, o tempo para a realização do mesmo serviço pode ser até de dez minutos, como no 10º Ofício (na Barra).
O funcionário público Fernando Castro, 33, passou duas horas na última quinta-feira  para reconhecer a firma no 14º Ofício. "O atendimento é demorado. Não podemos perder tanto tempo para resolver uma coisa simples", critica.
Com a privatização, que foi aprovada em 2011, a expectativa da população é que a qualidade no atendimento melhore. O  passo seguinte desse processo acontece no   dia 29 de junho, com o concurso para a escolha de delegatários (titulares de cartórios de notas e registros). Na Bahia, dos 1.556 cartórios, 250 são privatizados. Na capital,  16 das 49 unidades são privadas.
"2º hospício" - Um dos maiores alvos de críticas é Cartório do 2º Ofício de Registro de Imóveis e Hipotecas, apelidado de   "2º hospício" pelos usuários. "Tem uma demanda muito grande, mas não está adequado, não há funcionários suficientes. O resultado disso é que esperamos meses para pegar um documento", critica o corretor Luiz Pereira, 60.

Frequentadores do estabelecimento denunciaram, ainda, que a repartição costuma fechar antes das 14h. O soldador Jadir Dias, 53, reclama do mau atendimento dos servidores. "Para ser atendido, você tem que chegar de madrugada e torcer para não encerrarem o expediente antes do horário", reclama.
Para a marisqueira Luiza de Jesus Nascimento, 53, a espera pela transferência de titularidade de   imóvel comprado já dura seis meses. Na última quarta-feira, ela chegou ao  2º Ofício às 5h para pegar uma senha de atendimento. Mesmo assim, não resolveu o problema, porque o documento ainda não ficou pronto. "O serviço é péssimo e demorado, e ainda perdemos o dia inteiro neste local", reclama.
Excelência - Em estabelecimentos privados, a situação é outra. No Tabelionato do 10º Ofício, na Barra, por exemplo, a prestação de serviço é elogiada. "Não há fila e o atendimento é rápido e eficiente. Não se pode perder um dia para resolver pequenos problemas", diz a auditora fiscal aposentada Aldenora Diniz, 55, que mora em Salvador há dois anos.
Entre os cartórios de registro de imóveis, o 7º Ofício, na avenida Magalhães Neto, é considerado por corretores como o melhor da capital."É um atendimento de excelência. Em cartórios privados, pode-se realizar serviços que demorariam meses em 30 dias no máximo", afirma o corretor Cláudio Lima, 42.

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