Bombas de gás foram lançadas e correria começou por volta das 19h.
Grupo é contra a celebração das cinco décadas do início da ditadura.
Marcelo Elizardo
Do G1 Rio
Confusão durante protesto no Centro do Rio (Foto: Marcelo Elizardo/G1)
Uma manifestação contra a comemoração da ditadura militar teve correria e confronto com a Polícia Militar nas ruas do
Centro
do Rio na noite desta terça-feira (1º), dia dos 50 anos do golpe de
1964. Bombas de gás foram lançadas e correria começou por volta das 19h.
Manifestantes fizeram uma fogueira na Cinelândia
(Foto: Marcelo Elizardo/G1)
Às 19h20, a Avenida Rio Branco seguia com pistas interditadas no
sentido Aterro do Flamengo, mas foi reaberta pouco depois das 20h. O
trânsito na região, que no horário já costuma ser ruim, ficou ainda mais
complicado, como mostram as
câmeras da Cet-Rio. Cerca de 500 pessoas participavam do protesto.
A "descomemoração", segundo os ativistas, foi convocada pelo Facebook e
tinha mais de 3 mil convidados até o início do ato. Os organizadores
chamaram para "um belo ato em repúdio à comemoração do golpe militar",
que instaurou "uma ditadura sanguinária e entreguista no Brasil", diz o
texto, que marcou o ato para a porta do Clube Militar, na Avenida Rio
Branco. Às 19h30, dezenas de policiais cercavam o local, onde houve o
confronto.
(ESPECIAL "50 ANOS DO GOLPE MILITAR": a renúncia
do presidente Jânio Quadros, em 1961, desencadeou uma série de fatos que
culminaram em um golpe de estado em 31 de março de 1964. O sucessor,
João Goulart, foi deposto pelos militares com apoio de setores da
sociedade, que temiam que ele desse um golpe de esquerda, coisa que seus
partidários negam até hoje. O ambiente político se radicalizou, porque
Jango prometia fazer as chamadas reformas de base na "lei ou na marra",
com ajuda de sindicatos e de membros das Forças Armadas. Os militares
prometiam entregar logo o poder aos civis, mas o país viveu uma ditadura
que durou 21 anos, terminando em 1985. Saiba mais)
Manifestantes fazem fogueira em frente à Câmara de Vereadores, na Cinelândia (Foto: Marcelo Elizardo/G1)
Batman participa de protesto (Foto: Armando Paiva/ Foto Arena/Estadão Conteúdo)
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