O pré-candidato da oposição, Paulo Souto (DEM), afirmou que durante a campanha eleitoral na briga pela vaga ao Governo do Estado não irá se ater a comparações, como prevêem seus principais adversários. Entretanto, na manhã desta terça-feira (29), durante entrevista concedida ao radialista Mário Kertész na Metrópole, Souto não abriu mão de enumerar o que ele fez e o que Wagner deixou de fazer.
Para o democrata, o importante não é analisar os adversários porque, segundo ele, existe uma questão que diz respeito à confiança e "a um movimento de reprovação ao PT. Eles estão dizendo isso exaustivamente, mas sempre disse que vou me pautar o tempo todo. Em nenhum momento vou me ater a comparações. Terei muito cuidado em auditar números e fatos que eles representam", afirmou, já discorrendo em torno da gestão petista. Aproveitando para tocar no assunto mais desagradável para o
governdor Jaques Wagner, o democrata criticou a compra de viaturas e
coletes para a Polícia Militar, já que segundo ele, ao invés de haver uma diminuição na violência, a situação teria piorado. "Qual foi o resultado disso? 34 mil assassinatos em sete anos. Esse número é assustador. A Bahia que tinha uma posição de 4º, 5º Estado menos violento passou a ser o 4º, 5º mais violento. Os policiais foram enganados este tempo todo. Sei que isso as pessoas podem não perceber, mas, vamos a um resumo. Em quatro anos o que fizemos foi um aumento real, igual ao salário mínimo. Em sete anos de governo ele não fez um aumento total. O resultado disso foi desastroso. É preciso recuperar a confiança entre Governo e a Polícia", analisou.
Para o democrata, caso eleito, será importante recuperar os números de 2006 considerados melhores do que os atuais. "Estamos condenados a trabalharmos muito para chegar a estes números", frisou. Entretanto, na oportunidade, Souto aproveitou para também responder seu opositor, o pré-candidato petista Rui costa. Na última entrevista concedida pelo ex-hefe da Casa Civil, Souto foi alvo de críticas e, até mesmo, humilhado. O candidato de Wagner traçou o perfil dos seus adversários: "Ele queria muito ser candidato ao Governo, mas o grupo não confia nele e aí ofereceram o senado", afirmou, já partindo para cima do seu maior concorrente, o democrata Paulo Souto. "O outro (Souto) disse que não queria, provavelmente pelo cansaço. Foi candidato majoritário em todas as eleições, por 24 anos. Nenhum cidadão baiano vai considerar isso uma novidade", disparou.
Como resposta, Souto explicou o processo que o levou a ser escolhido na corrida pelo pleito e afirmou que o objetivo era não haver precipitação. "Se iniciou um processo de discussão interna e aguardei o momento certo. Percebi que havia um movimento de opinião pública favorável à minha candidatura. Então, coloquei meu nome em igualdade de condições com outros nomes", explicou.
Já sobre as declarações de Rui, o democrata afirmou ter acompanhado a descrição da carreira política dele feita pelo opositor. "Foi com tanto detalhe que comecei a desconfiar que tenha sido meu eleitor. Foi muito detalhado. Fui sim candidato várias vezes e isso não é um mau sinal. É um bom sinal. Porque todas às vezes, ainda quando perdi, sai bem avaliado e circunstâncias políticas determinaram o resultado das eleições de 2006", ressaltou.
E
já iniciando o discurso de campanha, Souto frisou conhecer a Bahia
andando a pé e pontou a importância em avançar o desenvolvimento
regional. "Nunca vamos ter um Estado razoavelmente desenvolvido com um
semi-árido sujeito a deficiências", avaliou, prometendo intensificar os
programas de geração de renda destas regiões.
Hoje
e amanhã a presidente Dilma Roussef visita Feira de Santana e Camaçari,
onde irá entregar máquinas e equipamentos. Também será feita a
assinatura de atos com novas ações do Governo Federal para a região,
dentro do programa Sertão Vivo. Souto comentou a presença de Dilma na
Bahia e criticou o posicionamento do governador perante à presidência.
"Colocar os interesses do Estado acima dos interesses do partido é
inadmissível. A presidente hoje vai assinar um edital de licitação de
obras que estão se arrastando e são lançadas às vésperas das eleições
para iludir a população", disparou.
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