José Eduardo Cardozo garante que o governo federal age em busca da conciliação, mas que falta disposição para o diálogo
Dois agricultores foram mortos em suposto confronto com indígenas
Foto:
Carlos Macedo / Agencia RBS
Rodrigo Saccone
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, criticou o “radicalismo
imenso” e a falta de disposição para o diálogo entre agricultores e
indígenas no Rio Grande do Sul. Ele lamentou as duas mortes ocorridas em
Faxinalzinho, no norte gaúcho, e refutou as críticas de omissão do
governo federal na mediação do conflito por terras, que se arrasta há
anos no Estado.
— Existe um radicalismo imenso nesse processo. A posição do Ministério da Justiça não é de omissão, ela é de ação, na busca pela conciliação, pela paz. Agora, tem lideranças políticas que por razões eleitorais ou por outros motivos não querem dialogar — disse Cardozo na manhã desta quarta-feira, em Brasília.
Segundo o ministro, os indígenas pedem, com legitimidade, que o governo assine as portarias de demarcação, enquanto os agricultores prometem resistir. Cardozo garantiu que a questão esteve perto de ser resolvida, com os indígenas aceitando dialogar. Contudo, os agricultores teriam se negado a conversar.
— Lideranças políticas disseram que preferem que a Justiça dê a palavra final, o que significa postergar a discussão por décadas — destacou Cardozo.
O ministro reconhece que o Rio Grande do Sul é um dos locais do Brasil onde a situação é mais tensa, com dificuldade de colocar os dois lados do conflito na mesa de negociação. Cardozo iria ao Estado nesta semana, porém, as mortes em Faxinalzinho adiaram a viagem, que ainda não teve nova data confirmada.
— Existe um radicalismo imenso nesse processo. A posição do Ministério da Justiça não é de omissão, ela é de ação, na busca pela conciliação, pela paz. Agora, tem lideranças políticas que por razões eleitorais ou por outros motivos não querem dialogar — disse Cardozo na manhã desta quarta-feira, em Brasília.
Segundo o ministro, os indígenas pedem, com legitimidade, que o governo assine as portarias de demarcação, enquanto os agricultores prometem resistir. Cardozo garantiu que a questão esteve perto de ser resolvida, com os indígenas aceitando dialogar. Contudo, os agricultores teriam se negado a conversar.
— Lideranças políticas disseram que preferem que a Justiça dê a palavra final, o que significa postergar a discussão por décadas — destacou Cardozo.
O ministro reconhece que o Rio Grande do Sul é um dos locais do Brasil onde a situação é mais tensa, com dificuldade de colocar os dois lados do conflito na mesa de negociação. Cardozo iria ao Estado nesta semana, porém, as mortes em Faxinalzinho adiaram a viagem, que ainda não teve nova data confirmada.
ZERO HORA
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