por
Maíra Côrtes
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Mais uma vez o Hospital Espanhol vive uma crise que afeta diretamente o
atendimento ao paciente, principalmente aquele que busca a emergência. A falta de condições básicas levou
profissionais de saúde do setor a cruzarem os braços a partir de hoje, por tempo
indeterminado. A decisão foi confirmada após assembleia com a diretoria do
hospital, realizada ontem.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos (Sindimed),
Francisco Magalhães, a proposta apresentada não tinha consistência. “Os médicos
não concordaram com o que foi apresentado, e por isso, só devem retornar quando
houver condições mínimas de atender o paciente com segurança”, afirmou. Em nota, os profissionais de saúde
orientam a população a buscar outras unidades que ofereçam serviços
similares.
O presidente do Sindmed reclama que a unidade não dispõe de estrutura mínima
para o funcionamento normal do setor. “Faltam medicamentos básicos, materiais e
equipamentos como soros e Raios X”, reclama Magalhães. Também fazem parte da
lista de reivindicações, a disponibilidade de medicações básicas, equipamentos e
materiais como soro fisiológico e glicosado, equipos, antieméticos, fios de
sutura, entre outros.
Propostas
Na última quarta-feira (26), os médicos fizeram uma assembleia e
elaboraram uma série de propostas que foram entregues à direção do hospital.
Eles alertam, inclusive, para os constantes atrasos de pagamento de salários e
falta de recolhimentos de obrigações como INSS e FGTS. Atualmente, o Hospital Espanhol é administrado pela Fundação
José Silveira, após ter passado por uma crise que quase fechou o complexo de
saúde ano passado. Em fevereiro de 2013, os médicos da emergência paralisaram as
atividades pelo mesmo motivo.
A assessoria de imprensa do hospital informou, por meio de nota, que a unidade de saúde vem tomando
todas as providências possíveis para atender às solicitações dos médicos desde o
recebimento do comunicado de greve. Dentre elas, a elaboração de um relatório de
garantias para o abastecimento de insumos para a garantia da segurança de
atendimento dos pacientes.
Sobre os pagamentos atrasados, o Hospital Espanhol informou que fará a
quitação dos débitos com recursos da Caixa Econômica Federal, previstos para
serem pagos no início da próxima semana, conforme informado pelo
banco.
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