Aos caros Amigos e companheiros de Chapa: Desde as primeiras notícias de convocação do Cel Avólio pela CNV que venho procurando acompanhar a evolução dos acontecimentos. Tenho recebido a preocupação de alguns com a possível repercussão do noticiário respectivo em relação a nossa Chapa e à eleição do Clube Militar. A minha prioridade é a defesa do companheiro acusado, injustamente, coerente com a minha postura nestes 17 anos em que me encontro fora da Ativa, já manifestada na defesa do próprio Cel Avólio, por ocasião do seu afastamento da Embaixada na Inglaterra. Repito, para melhor enfatizar, que a minha posição não é ditada pela oportunidade em que sou candidato à Presidência do Clube Militar com a finalidade de angariar votos mas, ditada por convicções colocadas à público em centenas de artigos, de minha lavra, já publicados. Em relação ao Cel Avólio não há novidades que me façam modificar o meu comportamento, principalmente, quando o Cel Avólio, em documento em anexo, ratifica o que já, a minha pessoa, havia relatado.Os Srs estão autorizados, pelo autor, o Cel Avólio, a difundir, se assim acharem necessário, o documento em anexo. Um forte abraço do Marco Felicio. Prezado Gen Marco Felício 1.Tendo sido convidado, e aceitado, fazer parte de sua Chapa Tradição, Coesão, Ação para as próximas eleições do Clube Militar e com o envolvimento de meu nome difundido pelos jornais, no '' caso Rubens Paiva'', dando margem a possíveis ilações e comentários a respeito dessa minha participação, sinto-me na obrigação de levar ao seu conhecimento o que, de fato, se passou. a. Em 1986, em um Termo de Declaração feito à Polícia Federal pelo ex-tenente médico Amilcar Lobo, fui acusado, junto com o ex- Cmt do 1o. Btl Pol Ex (Cel Ney Fernandes Antunes) e o ex-chefe da 2a. Sec do Btl (Cap Ronald José Motta Baptista Leão), como autor da tortura e morte de Rubens Paiva. b. Em 1996, por conta dessa mesma acusação, fui exonerado de minha função como Adido do Exército, na Inglaterra. Ao voltar, solicitei ao Ministro do Exército, à época, a instalação de um Conselho de Justificação (Forum Apropriado e dentro da Força) para tratar desse assunto e apresentar minha contestação e defesa, já que não tivera qualquer oportunidade até então. A minha solicitação foi negada! A seguir, pedi transferência para a Reserva! Sem a oportunidade da justificação, permaneci, dentro da Força, acusado de responsável por algo que, enfatizo, não cometi! c. Ao longo de todo esse tempo, não tive qualquer tipo de apoio por parte de meus chefes e, ainda, no sentido de, perante à Força, os mesmos me eximirem de qualquer culpa e, consequentemente, de quaisquer responsabilidades acerca do caso Rubens Paiva. Sofri todo esse tempo sozinho... Nunca fizeram nada no sentido de, pelo menos, dizer (por qualquer meio): esta acusação é infundada e maliciosa, feita por um desclassificado. d. Em 2013, a CNV convocou-me, apresentando-me o Termo de Declaração do Amilcar Lobo, com as acusações feitas, no passado, em época já citada. Fomos, eu e o então Cap Leão, novamente, acusados como autores daquele evento. O mesmo aconteceu no MPF/RJ, indicando-nos para uma denúncia formal à Justiça Federal, como responsáveis pelo fato. e. Como assumir culpa tão grave e que não é minha! Como responder por um ato que, ao longo do tempo, procurei esclarecê-lo, dentro da Força, e não fui ouvido! O tempo fez com que essas acusações se consolidassem contra mim, sem que a Força se manifestasse. f. Durante todo esse tempo, ressalto que jamais procurei ou atendi jornalistas para qualquer desabafo! Carregamos, eu e minha família, calados, uma culpa que jamais tive! Mantive o silêncio! g. Em meus atuais depoimentos na CNV e no MPF/RJ, afirmo e reafirmo, definitivamente, que não acusei ninguém! Em minha defesa, reafirmei que não sou culpado do que me atribuem. Não responsabilizei ninguém pelo que aconteceu, até porque não sei o que de fato aconteceu! Não indiquei o então Ten Hughes como autor de tortura ou morte de alguém, contrariando o que informam jornalistas. Creio que a acusação ao Ten Hughes tenha sido conclusão ou ilação da CNV e, provalvemente, do MPF/RJ, talvez baseados em outros fatos/depoimentos. Para a busca da verdade, basta consultar as minhas declarações nesses órgãos! Não posso ser responsável por textos de jornalistas cujos compromissos são com a notícia e não com a verdade ! Como, também, não poderia ser judicialmente responsabilizado por algo que não cometi! 2. Gen Marco Felício: espero que entenda o motivo de minha insatisfação com esse caso e com os seus desdobramentos! Receba esse e-mail como um desabafo e faça dele o uso que achar mais conveniente. Aceite o meu abraço e o meu reconhecimento por seus posicionamentos em relação à Força e ao País. Att Cel Avolio |
segunda-feira, 31 de março de 2014
O caso do Cel Avólio
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