São pelo menos 21 leitos improvisados, segundo o Hospital Universitário.
Idosa morreu na quarta (26), após 24 horas internada em sala de cirurgia.
Pacientes são atendidos em macas improvisadas até nos
corredores (Foto: Reprodução/RPCTV Cascavel)
O Hospital Universitário (HU) de Cascavel, no oeste do Paraná,
está com 21 pacientes além do número de vagas disponíveis pelo Sistema
Único de Saúde (SUS). De acordo com a assessoria do hospital, os 195
leitos estão ocupados e foi preciso improvisar outros para atender as
216 pessoas que estavam internadas na tarde desta quinta-feira (27).corredores (Foto: Reprodução/RPCTV Cascavel)
A lotação máxima atinge todas as alas, incluindo a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Na quarta-feira (26), uma idosa de 68 anos morreu após ficar quase 24 horas internada dentro da sala de cirurgia – que conta com equipamentos de UTI -, onde havia passado por um procedimento cardiovascular. As 14 vagas da unidade intensiva já estavam ocupadas. Três cirurgias eletivas (sem urgência) que estavam agendadas tiveram que ser transferidas por causa do internamento da paciente no centro cirúrgico.
O HU é o único hospital do oeste do Paraná que atende exclusivamente pelo SUS. A instituição também recebe pacientes de Mato Grosso do Sul e até do Paraguai. Ainda segundo a assessoria, 30 novos leitos devem ser abertos no prazo de um ano e meio.
“O almoxarifado dará lugar à ala de queimados e a ala administrativa será transferida para junto da nova maternidade, cuja licitação será feita assim que o Governo do Estado depositar a verba de R$ 15 milhões para as obras”, diz o assessor de imprensa do HU, Diogo Tamoio. A Secretaria Estadual de Saúde informou que o dinheiro para as obras está previsto no orçamento de 2014, mas não determinou uma data para o depósito.
Além de vagas, profissionais também reclamam da falta de profissionais. “A gente tem um número de funcionários muito reduzido para atender a população. Na manhã desta quinta-feira, por exemplo, eu tive uma escala de enfermagem com seis profissionais trabalhando, mas eu precisaria de 12 para atender dignamente e adequadamente”, desabafa Sarah Carvalho, coordenadora do pronto-socorro do HU.
Greve
Desde o dia 18 de março, funcionários do hospital de Cascavel participam da paralisação estadual dos servidores da saúde. “Falta pessoal, faltam insumos e estrutura para atender a população. Atrelado a isso, também está a questão do plano de carreira dos servidores,” afirma o representante do sindicato da categoria, Marcelo Oliveira.
A direção do HU diz que a greve dos servidores não prejudicou o atendimento aos pacientes, mas atingiu serviços de apoio, como coleta e distribuição de exames, cozinha e lavanderia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário