A farra do dinheiro público. Em São Paulo vereador usa verba pública até pra lavar sua BMW
Publicado por Silvag1
A
BMW particular do vereador Rubens Calvo (PMDB) é antiga, de 1994, mas
precisa ser muito bem conservada. Tanto que o político lava o carro
quase uma vez ao mês em um lava-jato que chega a cobrar até 180 reais
pelo serviço. E quem paga a conta da conservação do automóvel particular
de Calvo é o contribuinte paulista. Dez notas fiscais, com custos que
variam entre 30 e 180 reais, foram entregues pelo vereador com pedido de
reembolso aos cofres da Câmara Municipal. O pedido é justificado como
verba de gabinete.
Não é apenas Calvo. Ao menos parte dos outros
54 vereadores de São Paulo souberam usar de forma quase irrestrita a
verba de gabinete a que têm direito. Nos rol das 7.960 notas fiscais
apresentadas por eles no primeiro ano da atual legislatura, foi possível
identificar como cada um gasta o dinheiro do contribuinte. Há notas
fiscais justificando compras de tinta guache, papel higiênico para
escritório particular, vassouras, rodos e outros materiais de limpeza,
além de aluguel de carros de luxo pelo dobro do preço oficial. Há ainda
vereadores que preferem contratar advogado particular em vez de recorrer
aos 32 procuradores da Câmara Municipal. Eles encomendaram brindes e
homenagens para agradar a seu eleitorado.No ano passado, os vereadores paulistanos foram reembolsados em 9 milhões de reais para custear despesas de gabinete. E cada parlamentar tem ao seu dispor 218.000 reais anuais para gastar em sua administração. A grande maioria dos gastos não tem nenhuma ligação com o interesse público e não obedece à regra do menor preço, como consta na Lei de Responsabilidade Fiscal.
Contas de telefone dos escritórios políticos de Aurélio Nomura (PSDB), Edir Sales (PSD) e Dalton Silvano (PV) também são pagas com verbas de gabinete. No caso do vereador George Hato (PMDB), ele ainda paga material de limpeza do imóvel onde seu pai, o deputado estadual Joogi Hato (PMDB), atende seus eleitores. Entre as notas apresentadas por Hato, há sacos de lixo, vassouras e até papel higiênico.
No caso de Hato, porém, o presidente da Casa, José Américo (PT), afirmou que ordenará o desconto dos valores pagos indevidamente no próximo pedido de reembolso do vereador, que não se manifestou.
Masataka Ota (PROS), que está em início de mandato, por exemplo, gastou 5.300 reais por mês com o aluguel de um Toyota Corolla. Por menos da metade do preço, a Câmara oferece um Fiat Linea, ao custo mensal de 2.600 reais — valor obtido por meio de uma licitação. Ota, porém, argumentou que o valor que paga pelo Corolla está abaixo do praticado no mercado.
Apesar de dispendiosa, a troca de veículo não é proibida pela Casa, e o vereador que teve o gasto com um carro de luxo é reembolsado. Masataka não é o único. Outros dez colegas preferiram escolher seus próprios veículos e pagaram a mais por isso. Paulo Fiorilo (PT) é o único que locou um carro e pagou menos: 2.500 reais mensais por um VW Polo Sedan. A Presidência da Casa informou que fiscaliza os gastos por meio de amostragem, seguindo mensalmente parâmetros para averiguar se há excessos.
Fonte: REVOLTA BRASIL
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