Conselho diz que houve mal entendido nos estabelecimentos.
Coordenação do programa classifica como crime recusa nas vendas.
Em três farmácias da capital, a receita expedida por um médico cubano foi recusada (Foto: Dyepeson Martins/G1)
Farmácias de Macapá estão recusando receitas prescritas por médicos
cubanos que atuam na cidade através do programa "Mais Médicos", do
governo federal. As receitas teriam erros nas descrições de nomes e
doses dos remédios, conforme apontou Julio Cesar Souza vice-presidente
do Conselho Regional de Farmácias (CRF/AP). "Alguns membros do conselho
já comunicaram essas situações. Os médicos devem ser informados sobre o
padrão estabelecido na rede municipal de saúde para que não sejam
cometidos novos erros”, ressaltou Souza.
Iracildo Mendes enfrentou dificuldades para
comprar o antibiótico para a filha
(Foto: Dyepeson Martins/G1)
O ajudante de pedreiro Iracildo Mendes, de 38 anos, enfrentou
dificuldades para comprar o antibiótico amoxicilina destinado ao
tratamento da filha de 5 anos, que enfrenta problemas inflamatórios. A
receita foi expedida por uma médica cubana que atua na Unidade Básica de
Saúde (UBS) do bairro Pedrinhas, na Zona Sul de Macapá. A reportagem do G1 o acompanhou em três farmácias da capital e todos os estabelecimentos se recusaram a vender o medicamento.comprar o antibiótico para a filha
(Foto: Dyepeson Martins/G1)
As justificativas dos farmacêuticos para não venderem a medicação foi que a dosagem do antibiótico, descrita em 50mg, não existia. Contudo, o remédio está disponível no mercado nacional em dosagens que vão de 50mg a 500mg, segundo o Ministério da Saúde. “Eu mesmo não entendi porque eles não me venderam. Me ofereceram outros remédios, mas não os que estavam na receita. (...) Fica complicado porque demora muito para conseguir uma nova consulta para a minha filha”, lamentou Iracildo.
Para a coordenadora do programa federal no Amapá, Mariane Seabra, a atitude das farmácias está caracterizada como preconceito e deve ser classificada como crime. “Estão desrespeitando determinações do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Anivsa]. Esses estabelecimentos podem ser até fechados desde que as denúncias contra eles sejam formalizadas pelos usuários”, afirmou.
Reunião realizada na quarta-feira (15) abordou a
recusa às receitas médicas
(Foto: Dyepeson Martins/G1)
O problema foi abordado na quarta-feira (15) em reunião entre o
conselho das farmácias, a secretaria e os representantes do “Mais
Médicos”. Na conversa, as rejeições das farmácias às receitas foram
consideradas equívocos e ausência de informação dos estabelecimentos,
segundo explicou o titular da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa)
Dorinaldo Malafaia.recusa às receitas médicas
(Foto: Dyepeson Martins/G1)
“Existe agora a necessidade conjunta de esclarecer à sociedade que as prescrições dos médicos cubanos são tão legítimas quanto as prescrições dos médicos brasileiros. É importante que a população se tranquilize e entenda que tudo não passou de um problema com as informações. Serão tomadas medidas para que essa situação seja pacificada”, avisou Malafaia, acrescentando que ao todo, 31 profissionais trabalham em UBS da capital.
Atuação
No Amapá, 68 profissionais pertencentes ao programa estão atuando em regiões onde há maior carência em unidades de saúde. Antes de desembarcarem no estado, em outubro e novembro de 2013, os médicos passaram três semanas em Brasília (DF) participando de cursos de capacitação sobre o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS).
Mariane Seabra, coordenadora do "Mais Médicos"
no Amapá (Foto: Dyepeson Martins)
Mariane Seabra acrescentou que os profissionais também receberam
treinamentos sobre as normas que regem a rede municipal de saúde.no Amapá (Foto: Dyepeson Martins)
“As doenças são as mesmas em todo o país, o que muda é a forma como elas são apresentadas. Até a utilização dos remédios é padronizada. Resta agora um maior acompanhamento junto às farmácias para que elas entendam estas prescrições”, reforçou.
O CRF/AP anunciou para o dia 21 de janeiro uma reunião entre os farmacêuticos do estado para orientá-los sobre as normas que regem o "Mais Médicos" para evitar transtornos aos usuários.
Mais Médicos
O programa do governo federal foi implantado no Brasil em 8 de julho de 2013 através de um projeto para a melhoria do atendimento aos usuários do SUS, objetivando a contratação de mais profissionais para regiões onde há maior carência de médicos.
Médicos estrangeiros vindos para o Amapá
(Foto: John Pacheco/G1)
Segundo o Ministério da Saúde, 3.678 médicos atuam pelo programa, sendo
2,4 mil cubanos, 819 brasileiros e 459 de outras nacionalidades e
brasileiros formados no exterior. No Amapá, 68 médicos estão atuando em
Unidades Básicas de Saúde (UBS), mas a coordenação do projeto prevê, que
até março de 2014, pelo menos 130 profissionais estejam consultando no
estado.(Foto: John Pacheco/G1)
Os médicos estrangeiros que participam do programa não precisam passar pelo Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida). Eles ainda têm direito a uma bolsa no valor de R$ 10 mil para iniciarem os trabalhos.
Tudo è preconceito com os profissionais cubanos,sera que os farmacéuticos nao saben que amoxicilina 50 mg/ml equivale a suspençao oral de 250 mg/ 5 ml. Mesmo assim o programa esta tindo multa aceitaçao e continuara,povo do Brasil,o nosso único propósito è lhes ajudar a melhorar as sus condiçoes de saude
ResponderExcluir