Índio já tentou benefício por três vezes, sem sucesso.
INSS diz que deficiência no pé não caracteriza invalidez total.
Índio trabalha vendendo picolé, em Cruzeiro do Sul (Foto: Genival Moura/G1)O indígena afirma que ainda conseguiu receber um amparo social à pessoa portadora de deficiência durante seis meses, quando deu entrada pela agência do INSS em Tarauacá, cidade localizada a 220 quilômetros de Cruzeiro do Sul.
O representante da Funai na região do Juruá, Luiz Nukini, diz que o órgão tem prestado a devida assistência e acompanhado o caso do indígena, mas tem esbarrado diante das respostas negativas do INSS.
'Com esse problema a pessoa pode exercer centenas de atividades', diz INSS
O chefe da agência do INSS em Cruzeiro do Sul, José Ferreira, verificou através do sistema da Previdência, que o indígena já deu entrada três vezes em um processo para requerer um benefício. “Só que o pé torto é uma das deficiências que não caracterizam invalidez total, com esse problema a pessoa pode exercer centenas de atividades. A Previdência define que para efeito de aposentadoria por invalidez, o cidadão tem que estar totalmente inválido para atividade laborativa”, explica.
Ferreira alertou ainda que se Albanir Kaxinawa permanecer fora da aldeia pode inclusive perder o direito da aposentadoria aos 60 anos de idade. “A exemplo do trabalhador rural, o índio se enquadra como segurado especial, desde que ele seja índio aldeado e tutelado se estiver fora da aldeia não tem direito ao benefício”, conclui.
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