MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 23 de junho de 2013

Setor de doces aposta na especialização de um único produto


Loja vende mais de dez mil bombas por mês; são 15 sabores diferentes.
Estabelecimento oferece bem-casados em porta-joias de cristal e prata.

Do PEGN TV

O número de empresas especializadas na fabricação e venda de um único produto vem crescendo, e o segmento de doces entrou com força neste nicho de mercado. É possível encontrar loja com os tradicionais bem-casados, com sabores exóticos, e confeitaria que oferece bombas com diferentes recheios.
Em São Paulo, é possível encontrar uma loja que vende só bombas – um doce de origem francesa, feito de farinha de trigo, manteiga, ovo e recheio de creme. E para que o cliente não se canse de comer um doce só, a empresária Mariana Araújo faz a bomba em 15 sabores diferentes: chocolate, pistache, damasco, doce de leite, amêndoa, limão siciliano, etc.
A empresária investiu R$ 380 mil no negócio, em 2011, e caprichou na decoração da loja, com pintura na parede, luminárias pendentes e balcão com madeira de demolição.
O segredo para fazer bomba gostosa é paciência. O creme fica oito horas na geladeira antes de rechear a massa. O doce recebe a cobertura e volta para a geladeira. “Depois que faz a cobertura é legal que aquele chocolate fique mais durinho, então a gente contrai o chocolate em cima da geladeira. E é importante ter esse tempo do recheio dentro do doce para que aconteça ali uma osmose entre a massa e o recheio e o sabor vai ficar mais gostoso”, diz Mariana.
A bomba pequena é vendida por R$ 5,30, enquanto a grande custa R$ 7,80. “Eu gosto muito daqui porque usam um chocolate muito gostoso, um chocolate francês, os recheios são variados, é um produto que não existe em lugar nenhum”, comenta Jaime Fernandez.
A loja de Mariana vende mais de dez mil bombas por mês. No último ano, ela faturou R$ 1 milhão. “O plano agora é a abertura da segunda loja no segundo semestre desse ano de 2013”, diz a empresária.
Bem-casado
Em outra fábrica da capital paulista os bem-casados são a especialidade da casa – um doce que celebra a união de casais. O processo de produção é detalhista e curioso. A empresária Karina Campion cronometra cada etapa. Primeiro, eles fazem o bolo, à base de farinha de trigo e ovos. A massa vai para uma máquina que despeja em quantidade certa na assadeira.
Depois é hora de ir para o forno. Começa, então, uma busca minuciosa por partes iguais. “É como num casamento: as funcionárias vão procurando uma a uma até achar as metades que se encaixam, numa união perfeita. (...) A gente procura um padrão para que não tenha muita diferença, um maior, outro menor, como num casamento, tem que se encaixar perfeitamente”, explica a empresária.
Depois vêm os recheios. Dez ao todo, alguns diferentes: damasco, papaia com cassis, pistache. O doce ainda passa por uma “cachoeira” de açúcar, vibra numa esteira para acomodar o excesso e, depois de toda essa trabalheira, vai descansar por um dia numa sala com ar condicionado e desumidificador. Sai uma obra de arte.
Os bem-casados são vendidos em eventos e em uma loja de São Paulo, do empresário Gustavo Soncini. O negócio segue uma tendência que veio para ficar, garante Gustavo. “É melhor você ser bom em um só produto do que mediano em vários outros produtos. Por isso, que as pessoas estão indo para esta especialização”, argumenta o empresário.
Ele investiu R$ 150 mil para reformar, decorar e mobiliar a loja. Os sabores que mais saem são de capim santo com limão, pistache e o tradicional, de doce de leite. Cada bem-casado custa R$ 4,70 e vem numa caixinha de papelão.
Mas o preço pode disparar quando o cliente opta pelas embalagens especiais. Há os bem-casados que vêm em flores de cerâmica ou porta-joias de cristal banhado em prata. Neste caso, as embalagens são mais caras que o doce. Uma das embalagens, por exemplo, com seis bem-casados, custa R$ 131. Mas elas são estratégicas: com essas embalagens, o negócio vai além de uma doceria e se transforma numa loja de presentes.
Fabiana Bratfisch comeu um doce, gostou, e levou o porta-joias com seis. “Estou levando também para presente porque não é só o bem-casado, não é só o carinho do doce, a pessoa vai guardar, é uma lembrança a mais”, diz.
Com as sofisticadas embalagens como chamariz, a loja enche. Vende cinco mil bem-casados e fatura R$ 30 mil por mês. “A gente quis tirar o lado efêmero do doce. (...) A gente quis dar um lado mais longo prazo, onde o presente fica, a embalagem fica.”
CONTATOS:
FINA NATA
Contato: Empresário Gustavo Soncini
Alameda Tietê, 43, loja 2 – Jardins
São Paulo/ SP – CEP: 01417-020
Telefone: (11) 3061-1605
www.finanata.com.br
LA PASSIONE
Contato: Empresária Karina Campion
Rua Ourinhos,42 – Mooca
São Paulo/ SP – CEP: 03186-040
Telefone: (11) 99513-9980
FAIRE LA BOMBE PATISSERIE     
Contato: Empresária Mariana Araújo
Rua dos Pinheiros, 223
São Paulo/SP – CEP: 05422-010
Telefone: (11) 2628-7667
www.labombe.com.br

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