Peixe rende pratos deliciosos pela carne tenra que tem.
Com manejo adequado, peixes podem render alto valor comercial.
Os dois riem à toa com a vida boa que o pirarucu lhes trouxe. “Hoje nós temos uma vida tranquila, vivemos só de pirarucu, temos carro, moto, não temos dívida e dentro de casa temos tudo”, conta Silas.
Silas é considerado o mais eficiente produtor de alevinos de Rondônia. A estrutura dele mostra que não é preciso muita beleza para se por à mesa. Em um barracãozinho, ele tem algumas caixas d’água para onde a ninhada é transferida. Nelas, Silas despeja o trato, a água rica em zooplâncton. Ligeirinho, o cardume pega a comida.
A criação é delicada, ele só pegou o rumo do manejo com assistência do Sebrae e orientação técnica, que lhes ensinou as manhas de utilização de uma lupa. Sozinho, Silas já examina as larvas e identifica e combate os principais parasitas.
O empenho compensa, pois está valendo uma nota a larva de pirarucu em Rondônia: R$ 1,50 cada filhotinho de uma semana de vida. A compra é assegurada pela Mar & Terra, que montou em Pimenta Bueno um berçário e uma creche.
Não existe ainda ração específica para pirarucu, eles estão adaptando de outras espécies carnívoras. Aos poucos, os alevinos passam do alimento vivo para o peletizado, variando a granulação conforme a idade.
Os alevinos já treinados são, então, revendidos para as fazendas de recria por R$ 15 cada. A cadeia de criação já conta com 50 piscicultores, totalizando 100 hectares de tanques.
Não se descobriu ainda exatamente como é a reprodução e a ração é adaptada de outras criações de peixes, mas uma coisa já se sabe: o pirarucu tem hora certa para comer, geralmente nas pontas do dia, cedinho ou no fim da tarde.
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