Relatório foi elaborado pelo CRM-SE após seis meses de fiscalização.
80% dos que morreram não receberam diagnóstico nas primeiras 24h.
Interdição ética pode ocorrer caso problemas não sejam solucionados em quatro meses (Foto: Flávio Antunes/G1)
O Hospital de Urgência de Sergipe, em Aracaju,
poderá ser interditado devido à superlotação, falta de higiene e outros
problemas encontrados durante fiscalizações realizadas por
representantes do Conselho Regional de Medicina (CRM-SE) durante seis
meses. Um relatório foi elaborado onde constam todas as irregularidades
constatadas durante as visitas à unidade hospitalar.Segundo Hyder Aragão de Melo, conselheiro do Conselho Regional de Medicina, a falta de condições de trabalho para os profissionais é um dos principais problemas encontrados na unidade. “Não estamos falando apenas na falta de ferramentas de trabalho, como materiais, medicamentos, equipamentos, roupas, mas principalmente a superlotação do ambiente. Sendo que, em todos os ambientes investigados onde são realizados atendimentos a pacientes mais graves, foram constatados problemas de superlotação, o que é inadmissível”, afirmou.
De acordo com nota enviada pela Secretaria de Estado da Saúde, o relatório elaborado pelo Conselho Regional de Medicina foi encaminhado à Fundação Hospitalar de Saúde, que é responsável pelo hospital.
Ainda segundo a secretaria, muitos problemas apontados no laudo já foram resolvidos nos últimos meses e que ações estão sendo realizadas para melhorar a questão da limpeza e da superlotação.
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