MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Protesto de professores paralisa aulas em mais de 70 escolas de Manaus


Educadores cobram melhorias trabalhistas para a categoria.
Secretário disse que Governo já garantiu reajuste retroativo de março.

Adneison Severiano Do G1 AM

Aproximadamente mil professores da rede estadual de ensino do Amazonas paralisaram as atividades nesta quinta-feira (23), segundo a Associação do Movimento de Luta dos Professores de Manaus (Asprom), que organiza o movimento na capital. A Asprom estima que em mais de 70 escolas, somente na capital, as aulas foram suspensas em protesto por melhorias trabalhistas da categoria. No segundo dia de paralisação, os docentes prometer fazer ato em frente à sede do Governo, situada no Bairro Compensa, Zona Oeste de Manaus. A Secretaria de Estado de Educação do Amazonas (Seduc-AM) informou que vai se pronunciar sobre o protesto ainda nesta quinta.
De acordo com o coordenador de Direitos Humanos da Asprom, Ivan Nascimento, além das unidades educacionais, a paralisação da categoria também está ocorrendo no interior do Amazonas, nos municípios de Maués e Itacoatiara. "Esta quinta-feira é o nosso primeiro dia de paralisação e, na sexta-feira, estaremos em frente à sede do Governo do estado. Esperamos que todas as escolas em Manaus terão as aulas paralisadas amanhã", informou o representante.
Dentre as reivindicações, a categoria cobra o cumprimento do Piso Salarial Nacional, aumento de 15%, plano de saúde, auxílios transporte e alimentação, além de eleição direta para diretores. "A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e Constituição Federal dizem que a escola deve ser um estado democrático, então os diretores devem ser eleitos pela comunidade", enfatizou Ivan Nascimento.
No primeiro dia de ação, os professores e lideranças dos movimentos estão percorrendo as escolas da capital para esclarecer a categoria e divulgar a pauta de reivindicação. Entretanto, segundo Ivan Nascimento, em algumas unidades de ensino, a direção tem impedido a entrada dos manifestantes.
"Estamos tendo dificuldade de entrar em algumas escolas como, por exemplo, Centro Educacional de Tempo Integral Zilda Arns, na Comunidade Jesus Me Deu. A direção ordenou os seguranças a trancarem os portões e impediu nossa entrada na escola, agindo como verdadeiros ditadores em uma época que a ditadura não é mais realidade nas escolas. Os diretores devem representar e defender os anseios da comunidade escolar", relatou o coordenador de Direitos Humanos.
Nesta manhã, professores da Escola Estadual Eldah Bitton Telles da Rocha, na Compensa 2, Zona Oeste, fizeram uma caminhada até a Ponte Sobre o Rio Negro para demonstrar apoio ao protesto. O professor Jerônimo Lira, que esteve na passeata, disse que a classe está com salário defasado há anos. "Queremos reajuste de 15% real no nosso salário", afirmou.
Professores da Escola Estadual Eldah Bitton Telles da Rocha, em caminhada (Foto: Reprodução/TV Amazonas)Professores da Escola Estadual Eldah Bitton Telles da Rocha, em caminhada (Foto: Reprodução/TV Amazonas)
Caso durante a manifestação na sede do Governo não haja atendimento das reivindicações, a categoria disse que poderá deflagrar uma greve articulada pela Asprom, Movimento Candiru e Movimento de Luta dos Professores de Manaus (MLPM), que também apoia a paralisação.

Sindicato não apoia
Já a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) divulgou que é o representante legítimo da categoria e reafirmou que não existe deliberação nos fóruns da entidade sobre qualquer paralisação. "O sindicato não se responsabiliza e rechaça veementemente qualquer ação de pessoas que têm interesses alheios ao fortalecimento e à unidade dos trabalhadores e das trabalhadoras em educação", comunicou em nota.
O Sindicato informou ainda que na quarta-feira (22) foi recebida pelo governador Omar Aziz, dando sequência à negociação da categoria para apresentar a contraproposta de reajuste definida em assembleia geral no dia 10 deste mês. De acordo com a nota, o Sindicato continua em processo de negociação com o governo do estado.

Data base garantida
O secretário de Estado de Educado do Amazonas, Rossieli Silva, informou que a adesão ao movimento é considerada pequena. O secretário disse ainda que o Governo já garantiu um reajuste retroativo de março aos professores. "O que o Governo está fazendo são as analises de quanto a gente vai conseguir pagar, de que forma vamos pagar. Nós estamos concluindo essas analises até a próxima semana, que deverá ser anunciado pelo governador e enviado à Assembleia.  É importante dizer é que a data base é garantida retroativamente até o dia 1º de março deste ano", disse o secretário de Educação.

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