MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 25 de maio de 2013

Consumidores lotam postos em Campo Grande por gasolina a R$ 1,35


Quatro postos participaram da ação, que chegou a ter confusão.
Mais de 1,2 mil pessoas aproveitaram preço no “dia sem imposto”.

Fabiano Arruda Do G1 MS

Consumidores lotam postos em Campo Grande por gasolina a R$ 1,35 (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)Após aguardarem horas em fila, motoristas entram em posto para abastecer. (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)
O litro da gasolina comercializado a R$ 1,35 neste sábado (25) em Campo Grande provocou filas quilométricas em quatro postos de combustíveis que participaram do “dia sem imposto”. Mais de 1,2 mil consumidores aproveitaram a ação, segundo dados da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL)/Jovem.

No estabelecimento que fica no cruzamento da rua 26 de Agosto e a avenida Calógeras, o primeiro cliente chegou às 19h30 (de MS) de sexta e o último às 5h30 nesta manhã. “O objetivo maior é colher assinaturas para um abaixo-assinado que pede a simplificação tributária por meio de um projeto de lei de iniciativa popular”, afirma o presidente da CDL/Jovem, Sullivan Vareiro.
Segundo ele, ao todo, a ação distribuiu 900 senhas de abastecimento para carros e 360 para motos nos quatro postos. O limite foi de 30 litros para cada veículo e oito litros por motocicleta. No total, cerca de 30 mil litros de gasolina foram vendidos a R$ 1,35 no “Dia Nacional de Respeito ao Contribuinte”.

Em outro posto participante, que fica na rua 14 de Julho, o servidor público Joanir Lima de Souza, 38 anos, diz que chegou às 3h30 e recebeu a senha de número 167. Ele só conseguiu abastecer por volta das 10h30. O esforço vale a pena, segundo ele. “A gasolina está muito cara”, resume.

No mesmo estabelecimento, o perito criminal Rolnan Montani, 33 anos, chegou praticamente no mesmo horário. Durante a madrugada, ele diz que deu várias voltas de carro para seguir a fila. Após mais de seis horas, ele abasteceu 30 litros do combustível e pagou R$ 40,5. Com o preço a R$ 2,95 que o comércio cobra por litro de gasolina, ele pagaria R$ 88,5 pela mesma quantidade.
Consumidores lotam postos em Campo Grande por gasolina a R$ 1,35 (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)Consumidores formam fila na rua 14 de Julho para
aproveitar ação. (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)
O coordenador da ação no posto, Rodrigo Medeiros, 28 anos, diz que muitos consumidores dormiram na fila. “Vimos pessoas com cobertores e travesseiros”, disse. Segundo ele, logo no início da manhã houve confusão entre os clientes. As senhas nos postos só começaram a ser distribuídas por volta das 7h, horas depois da formação das filas.

“Alguns motoristas reclamaram que as senhas acabaram, outros estavam sem senhas e queriam abastecer; teve gente furando fila”, explica. Policiais da Companhia Independente de Polícia de Trânsito (Ciptran), que estavam no local e monitoraram o tráfego nas proximidades dos postos, confirmaram o princípio de confusão, mas disseram que ninguém ficou ferido. A partir da organização das senhas, as filas foram organizadas e os tumultos controlados.

Para Medeiros, o principal objetivo da ação é mostrar aos consumidores a incidência da carga tributária no país. Com o litro da gasolina vendido, em média, a R$ 2,95 na capital sul-mato-grossense, R$ 1,60 representa só impostos, explica. “A gasolina influencia em tudo”, diz. No ano passado, a campanha também contou com produtos de mercados e restaurantes.
Consumidores lotam postos em Campo Grande por gasolina a R$ 1,35 (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)Policiais de trânsito monitoram tráfego próximo a posto de combustíveis. (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)
Impostos
Com o litro da gasolina vendido por R$ 1,35 na campanha, os valores deduzidos do combustível serão R$ 0,15 do Programa de Integração Social (PIS); R$ 0,69 da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins); R$ 0,74 do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); R$ 0,01 do Imposto de Renda (IR) e R$ 0,02 da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL). Desses impostos, o ICMS é o único que fica com o Estado; o restante vai para a União.

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