Mobilização reuniu cerca de mil médicos e acadêmicos neste sábado (25).
Manifestantes exigem que estrangeiros continuem revalidando os diplomas.
Alunos de Medicina protestam contra 'importação' de médicos no Paraná (Foto: Amália Dornellas/ Divulgação/ CRM-PR)
Mais de mil estudantes de Medicina e médicos do Paraná
se mobilizaram na manhã deste sábado (25) em quatro cidades do estado
para protestar contra o fim do exame nacional de revalidação de diplomas
médicos para profissionais estrangeiros. As manifestações, que integram
o protesto nacional chamado “Revalida Sim”, foram organizadas pelos
centros acadêmicos dos cursos de Medicina de faculdades e universidades
de Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e Cascavel.A decisão do governo federal é uma estratégia que tem como objetivo incentivar a vinda de médicos estrangeiros para atuarem no interior do país, regiões que registram uma grande defasagem de profissionais de saúde. “No Brasil não faltam médico, o problema está na estrutura e na falta de investimentos e de programas contínuos em saúde pública”, aponta o presidente do Conselho Regional de Medicina no Paraná (CRM-PR), Alexandre Gustavo Bley.
Em alguns municípios pequenos da região de Ponta Grossa, acrescentou Nikosky , o salário para um médico da rede pública chega a R$ 20 mil. “O incentivo financeiro é muito interessante, porém as condições de trabalho são precárias. O médico não tem como pedir exames complementares, por exemplo. O problema não se resolve trazendo mais médicos e, pior, sem garantia de qualificação”. Ele observou afirmou ainda que 92% dos médicos argentinos e bolivianos que fazem os teste de revalidação são reprovados.
Mobilização
Manifestantes caminharam pelo Centro de Curitiba (Foto: Amália Dornellas/ Divulgação/ CRM-PR)
Em Curitiba,
a concentração foi na Boca Maldita, no Centro da cidade. Segundo os
organizadores, o movimento “Revalida, Sim” teve a participação de cerca
de 700 pessoas, entre médicos e acadêmicos de Medicina. Foram colhidas
assinaturas e distribuídos panfletos para orientar a população sobre o
manifesto. Em Londrina, o protesto reuniu 50 pessoas no calçadão entre as ruas Pernambuco e Professor João Cândido.Já, em Maringá, a passeata de uma hora desde o Estádio Willie Davids até a Catedral contou com mais de 200 estudantes. Em Cascavel, outros 80 acadêmicos e profissionais se concentraram no calçadão da Avenida Brasil, também em frente à Catedral. E, em Ponta Grossa, dez pessoas participaram do protesto.
Além do Paraná, houve mobilizações em outras cidades do país. No Piauí, os manifestantes realizaram uma passeata pelo centro de Teresina. Cerca de 150 pessoas seguiram a pé do Hospital Getúlio Vargas até a praça João Luís Ferreira, onde distribuíram panfletos, e encerraram o protesto no Palácio de Kamak. Em Rondônia, a mobilização foi na Praça do Palácio, no centro de Porto Velho. Outros cem estudantes fizeram uma passeata na orla da Praia de Ponta Verde, em Maceió (AL). Houve manifestações ainda no centro de Campo Grande (MS), de Boa Vista (RR) e na Praça Alencastro, em Cuiabá (MT).
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