MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 27 de novembro de 2011

Assentamento baiano é referência na produção de alimentos

 

Tudo é cultivado sem o uso de produtos químicos.
Práticas de manejo fazem do assentamento uma referência em agroecologia.

Do G1 BA
Quem mora no assentamento Terra Vista, no município de Arataca, vivem em harmonia com a natureza. “A solução da gente é viver na roça, por ter o nosso local para produzir alimento e a paz que a gente vive na natureza”, diz Benedito Ferreira.

Cinquenta e cinco famílias moram no assentamento. Cada uma tem quatro hectares de onde tiram o sustento. Feijão, mandioca, banana, açaí, cacau e outros tipos de cultura. Tudo é cultivado sem o uso de produtos químicos. As práticas de manejo fazem do assentamento uma referência em agroecologia.

A planta que se decompôs vira adubo, a folha do feijão de porco ajuda a controlar o ataque de formigas, nos pés de cacau. Com convivência com a terra, os assentados adquiriram experiência, mas foi o conhecimento em sala de aula que ajudou a cada família a mudar o sistema que vivem. No assentamento estudam 675 alunos em cinco cursos técnicos e um em bacharelados em agronomia.

“A gente pretende conhecer novas técnicas, adquirir novos conhecimentos e utilizá-los nas nossas áreas de reforma agrária e dessa forma melhorar nossas áreas e dessa forma melhorar não só a nossa produção pessoal, mas também a produção das demais famílias assentadas. Então se a gente conseguir melhorar a produtividade, consequentemente a gente melhora a renda e a qualidade de vida das famílias”, garante o técnico em agropecuária – Marcos Vinícius do Nascimento.

Cacau

O assentamento tem 904 hectares, 350 são voltados para o cultivo do cacau, principal cultura beneficiada pelo modelo natural. O fruto se desenvolve em meio ao sistema cabruca, em que a mata atlântica é preservada. Outra parte da produção se dá na área onde foram plantadas várias árvores frutíferas que ajudam a recuperar a mata ciliar. O potencial ecológico atraiu parceiros como o Instituto Cabruca oferece entre outros recursos, a capacitação.

“Essas áreas que em média estavam entre dois, três arrobas de cacau por hectares, agora está com 94 arrobas de cacau por hectare, então incrementa bastante a produção. Isso tudo em cinco anos de trabalho. Hoje os assentados entendem que a produção orgânica dá frutos”, explica o coordenador do instituto, Tiago Guedes Viana.
Do próprio bioma que se desenvolve são retiradas sementes de plantas frutíferas e nativas. Elas são plantadas em um viveiro com capacidade para 100 mil mudas por ano e no local, recebem a manutenção necessária.

Perto de concluir o curso técnico em agroecologia, Sálvio Oliveira, pretende passar o conhecimento para outras pessoas. “Quero passar o conhecimento para todos que queiram saber sobre o assunto”, diz.

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