Brasília - Os partidos de oposição vão tentar aprovar nesta quarta-feira na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara a convocação do ministro das Cidades, Mario Negromonte. A ideia é aprovar também o convite dos funcionários da Pasta envolvidos no escândalo da fraude do documento que abriu caminho para a aprovação de projeto de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em Cuiabá (MT), encarecendo em R$ 700 milhões a obra de mobilidade urbana para a Copa do Mundo de 2014.
"Apresentamos sete requerimentos para tentar convocar o Negromonte e convidar os outros envolvidos ", disse o líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP). Os tucanos e lideranças do DEM e do PPS reuniram-se hoje e decidiram que, primeiro, querem trazer para depor na Comissão a diretora de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Luiza Gomide Vianna, e o chefe de gabinete do ministro, Cássio Peixoto. Na semana passada, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que Luiza, a pedido do braço-direito do ministro, mudou o parecer que vetava uma alteração defendida pelo governo de Mato Grosso. A mudança foi feita a pedido de Cássio Peixoto.
A troca aumentou o custo do projeto em R$ 700 milhões, atingindo R$ 1,2 bilhão. A oposição também quer ouvir Higor Guerra, analista de infraestrutura do Ministério, que denunciou a pressão para que adulterasse a documentação que trata da implantação de sistema público em Cuiabá. "Vamos tentar votar os requerimentos. Estamos trabalhando para denunciar a blindagem do governo em torno do ministro", afirmou o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR).
Apesar das tentativas de convocar Negromonte, a oposição está cautelosa em relação aos ministros envolvidos em denúncias. A estratégia dos oposicionistas é evitar bombardear com muita intensidade ministros de partidos que, no futuro, poderão transformar-se em aliados. Negromonte é do PP, um eventual parceiro dos partidos de oposição tanto nas eleições municipais de 2012 quanto na presidencial de 2014. Daí a oposição light que vem sendo feita aos ministros alvo de irregularidades.
É o caso, por exemplo, do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, do PDT. Ele deverá depor na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle na semana que vem, dia 6. "É ruim marcar o depoimento para tão longe porque aí esfria o assunto e os fatos vão passando. Mas não há muito o que fazer", lamentou o líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA).
Além de irregularidade no Trabalho, Lupi foi denunciado por ser funcionário fantasma da liderança do PDT na Câmara, entre dezembro de 2000 e junho de 2006. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), informou hoje que vai analisar se cabe ou não a abertura de sindicância para apurar a denúncia. "Hoje é proibido o funcionário em cargo de comissão trabalhar fora da Câmara. No passado havia uma flexibilidade", observou Maia. "A maioria dos funcionários dos gabinetes e não da Câmara trabalham nos escritórios dos deputados nos Estados. No caso do Lupi temos de ver se a lei permitia isso", disse o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Além de temor de melindrar um eventual aliados, a oposição também avalia que tanto Lupi quando Negromonte são cartas fora do baralho. Ambos deverão ser substituídos na reforma ministerial que será promovida pela presidente Dilma Rousseff, no início de 2012. Mas ao contrário de Lupi, que conta com o apoio do PDT, Negromonte está isolado e, nos bastidores, vem sendo fritado pelos próprios colegas de partido.
"Apresentamos sete requerimentos para tentar convocar o Negromonte e convidar os outros envolvidos ", disse o líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP). Os tucanos e lideranças do DEM e do PPS reuniram-se hoje e decidiram que, primeiro, querem trazer para depor na Comissão a diretora de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Luiza Gomide Vianna, e o chefe de gabinete do ministro, Cássio Peixoto. Na semana passada, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que Luiza, a pedido do braço-direito do ministro, mudou o parecer que vetava uma alteração defendida pelo governo de Mato Grosso. A mudança foi feita a pedido de Cássio Peixoto.
A troca aumentou o custo do projeto em R$ 700 milhões, atingindo R$ 1,2 bilhão. A oposição também quer ouvir Higor Guerra, analista de infraestrutura do Ministério, que denunciou a pressão para que adulterasse a documentação que trata da implantação de sistema público em Cuiabá. "Vamos tentar votar os requerimentos. Estamos trabalhando para denunciar a blindagem do governo em torno do ministro", afirmou o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR).
Apesar das tentativas de convocar Negromonte, a oposição está cautelosa em relação aos ministros envolvidos em denúncias. A estratégia dos oposicionistas é evitar bombardear com muita intensidade ministros de partidos que, no futuro, poderão transformar-se em aliados. Negromonte é do PP, um eventual parceiro dos partidos de oposição tanto nas eleições municipais de 2012 quanto na presidencial de 2014. Daí a oposição light que vem sendo feita aos ministros alvo de irregularidades.
É o caso, por exemplo, do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, do PDT. Ele deverá depor na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle na semana que vem, dia 6. "É ruim marcar o depoimento para tão longe porque aí esfria o assunto e os fatos vão passando. Mas não há muito o que fazer", lamentou o líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA).
Além de irregularidade no Trabalho, Lupi foi denunciado por ser funcionário fantasma da liderança do PDT na Câmara, entre dezembro de 2000 e junho de 2006. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), informou hoje que vai analisar se cabe ou não a abertura de sindicância para apurar a denúncia. "Hoje é proibido o funcionário em cargo de comissão trabalhar fora da Câmara. No passado havia uma flexibilidade", observou Maia. "A maioria dos funcionários dos gabinetes e não da Câmara trabalham nos escritórios dos deputados nos Estados. No caso do Lupi temos de ver se a lei permitia isso", disse o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Além de temor de melindrar um eventual aliados, a oposição também avalia que tanto Lupi quando Negromonte são cartas fora do baralho. Ambos deverão ser substituídos na reforma ministerial que será promovida pela presidente Dilma Rousseff, no início de 2012. Mas ao contrário de Lupi, que conta com o apoio do PDT, Negromonte está isolado e, nos bastidores, vem sendo fritado pelos próprios colegas de partido.
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