Depois de vários protestos, os quilombolas receberam uma boa notícia.
Incra vai realizar estudos para saber a quem pertencem as terras.
O governo federal encomendou estudos antropológicos que vão revelar a origem de terras em conflito agrário no Maranhão. A análise de 34 áreas começa em dezembro. Os estudos são importantes no processo de titulação dos territórios quilombolas, cuja posse vem sendo motivo de disputa por comunidades tradicionais e fazendeiros.
A conclusão dos estudos tem sido razão de cobranças feitas por lideranças quilombolas, que ocuparam a sede do Incra em São Luís pela quinta vez.O movimento dos quilombolas acusa o Incra de lentidão na análise dos processos que pedem a titulação dos antigos refúgios de escravos. Cerca de 300 processos estão parados na divisão fundiária.
As lideranças argumentam que a demora faz aumentar os conflitos no campo. Na lista da Pastoral da Terra 52 lideranças quilombolas estão marcadas para morrer.
O presidente do Incra retornou a São Luís para mais uma rodada de negociações com o movimento. Celso Lacerda fez um relato das ações do governo para reduzir os conflitos no campo e explicou porque a presidente Dilma só assinou um decreto reconhecendo um território quilombola este ano no país, em Minas Gerais. “A presidente, por ser muito detalhista e minuciosa, quer acompanhar todo o processo e não assinou outros decretos porque ainda não os viu".
O Incra espera concluir os laudos antropológicos até abril de 2012.
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