Um
time de talentos baianos (ou que escolheram a Bahia para trabalhar e
viver) vai ocupar São Paulo nas próximas semanas para celebrar, com
dança, a deusa Rita Lee. A partir da sexta-feira, 31 de março, o Teatro Unimed será palco do espetáculo Lá Vem Ela, uma obra coreográfica com idealização e direção artística de Ana Paula Bouzas e Jussara Setenta,
totalmente inspirada na estética Rita Lee, com suas marcas de deboche,
humor, sensualidade, feminilidade e representatividade. Um trabalho
totalmente montado em Salvador por uma equipe formada, em sua maioria,
por profissionais que trabalham na Bahia. Em cena, Ana Brandão, Luana fulô e Patrícia Zarske
dialogam em composições livres e formações diversas, contestando
valores estéticos e transformando restrições em produções criativas,
geradoras de pontos de vista democraticamente humanitários e livremente
femininos, que celebram comportamentos artísticos associados à deusa Rita Lee Jones de Carvalho.
“Há
cerca de um ano, começamos a abraçar os manifestos de Rita expressos em
letras de músicas como motes para criar ações e movimentos. Uma
apologia ao amor, ao humor, à liberdade, à alegria, à critica, à
rebeldia, traços marcantes dessa musa paulistana interplanetária da MPB.
Então, nos deem licença, mas a gente vai sair do serio!”, anuncia Jussara Setenta. E Ana Paula Bouzas complementa: “Esta
obra de dança revela corpos mutantes em vibração, transpiração e festa,
tendo como referência o discurso estético irreverente de uma das
mulheres mais revolucionárias do cenário pop-rock brasileiro. Assim,
convidamos, alegremente, Rita para dançar!”
“...você me dá água na boca, vestindo...”
O figurino criado por Bettine Silveira resulta de um profundo mergulho na obra de Rita, em todas as suas fases. “Assim
como suas canções, Rita Lee é uma artista muito visual, que nos provoca
com imagens e atitudes muito marcantes no palco, que deixam claros seus
posicionamentos libertários ou mesmo anárquicos”, afirma Bettine. “Adoro
transformar em roupa itens que, em um primeiro momento, não seriam
vestíveis, ressaltando seu poder de comunicação com o público, sempre
permeados do inteligente deboche típico de Rita”. Assim, muitos
elementos da rica imagética “ritalínica”, como luvas, cortes e cores de
cabelo, podem ser reconhecidos nas escolhas de cores, texturas, formas,
estamparia, composições, sempre em função dos movimentos de dança e dos
universos plástico, lúdico, ativista e de celebração à vida tão
característicos da obra de Rita. Além de teatro, Bettine Silveira tem
grande atuação em cinema (como O Maior Amor do Mundo, Cacá Diegues,
2006, e Ó pai ó, Monique Gardenberg, 2007) e TV (como a série Ó pai
ó, com Lázaro Ramos e Matheus Nachtergale, Rede Globo), sendo autora
do livro Capulanas, Tecidos Que Contam História, que tem lançamento
previsto para o segundo semestre de 2023.
“...pra fazer barulho, eu mesma faço!”
A cenografia assinada por Renata Mota serve
de delicado apoio ao desempenho coreográfico, com elementos móveis de
grande versatilidade que, junto com a iluminação, dão ainda mais
destaque ao figurino e aos movimentos das personagens. São inúmeros
pedestais, microfones e caixas acústicas, que, ao mesmo tempo em que
funcionam como elementos lúdicos complementares ou em contraposição à
coreografia, agregam outros significados à narrativa, como a conhecida
predileção de Rita Lee por seus próprios equipamentos eletrônicos. A
diretora de arte e arquiteta Renata Mota tem mais de vinte anos de
experiência na área de cenografia e cerca de cem projetos realizados,
envolvendo criação de cenários, direção de arte e cenografia para cinema
e diversos espetáculos, tendo sido diretora do Centro Técnico do Teatro
Castro Alves (BA). O resultado é uma dramaturgia cenográfica em diálogo
com a criação coreográfica, em que a iluminação criada pelo dramaturgo e
diretor teatral Fábio Espírito Santo anuncia, acolhe,
acompanha e acaricia cada movimento. Em 2018, Fábio teve seu trabalho de
iluminação cênica reconhecido pelo troféu Braskem de Teatro.
“Esse tal de Roque Enrow.”
A trilha sonora original, composta por Jarbas Bittencourt
(cantor, compositor, diretor musical do Bando de Teatro Olodum e
integrante do Grupo Viagens da Caixa Mágica, com Lázaro Ramos e Heloisa
Jorge) e Ronei Jorge (músico, compositor produtor de
trilhas sonoras e apresentador), é um rico painel sonoro que serve como
fundamento e, ao mesmo tempo, provocação à criação coreográfica em cada
um dos cinco movimentos que compõem o espetáculo. Uma trilha que resgata
e faz sutis referências a frases melódicas instrumentais e vocais,
ressaltando a força, a versatilidade e a atemporalidade da música de
Rita Lee, ao mesmo tempo em que viaja por outros universos sonoros,
desconstruindo, misturando, em nome da leveza, da crítica, da ironia e
do bom humor. “Ao longo de várias décadas, Rita desenvolveu uma rica
produção com muitas facetas bem diferentes entre si, o que nos deu um
vasto material de referência para este espetáculo, desde o início de sua
carreira solo, pós-Mutantes, em Tutti-Frutti, até trabalhos
posteriores, como Pagu (parceria com Zélia Duncan), com foco especial no
que foi produzido ao lado de Roberto de Carvalho”, afirma Ronei.
Uma
riqueza melódica e harmônica que está presente nesta trilha, trazendo o
espectador para uma “ambiência Rita Lee”, já conhecida ou ainda pouco
percebida, em que se destacam linhas de guitarra, cordas, teclados,
percussão e intervenções vocais, que, ao mesmo tempo em que servem à
composição cênica e ao trabalho coreográfico, têm grande poder de ativar
a memória emocional dos espectadores. “À medida em que mergulhamos
no amplo universo Rita Lee, nas parcerias dela com Roberto, nos
deparamos com um alto nível de sofisticação, sempre construindo
paisagens, ambientes, atitudes e tônus emocional com quem escuta”,
pondera Jarbas. Entre as pérolas do cancioneiro “ritalínico”, a trilha
sonora de Lá Vem Ela tem citações a músicas como Agora é Moda (Rita Lee e
Lee Marcucci), Miss Brasil 2000 (Rita Lee e Lee Marcucci), Mania de
Você (Rita Lee e Roberto de Carvalho), Banho de Espuma (Rita Lee e
Roberto de Carvalho), João Ninguém (Rita Lee e Roberto de Carvalho), Cor
de Rosa Choque (Rita Lee e Roberto de Carvalho), Todas as Mulheres do
Mundo (Rita Lee), Orra Meu (Rita Lee), entre muitas outras.
“Baila comigo” na Santos com a Augusta?
Lá
Vem Ela é o primeiro espetáculo de dança do Teatro Unimed que, este
ano, fará aniversário de quatro anos de funcionamento, sempre oferecendo
ao público espetáculos de qualidade nas mais diversas expressões
artísticas, como teatro e música, além de palestras, lançamentos e
eventos corporativos.
“O
Teatro Unimed se consolidou como uma referência na produção cultural de
alta qualidade no país. Um espaço aberto à toda variedade de estilos e
expressões artísticas e que sempre preza pelo máximo bem-estar do
público, estimulando maior acesso à cultura e ao lazer, em sintonia com o
que acreditamos ser importante para promover a saúde mental e o
bem-estar das pessoas", afirma Luiz Paulo Tostes Coimbra, presidente da Unimed Nacional.
“O
Teatro Unimed, assim como o edifício Santos-Augusta, sempre está aberto
à população de São Paulo e aos seus visitantes, com espaços que acolhem
e convidam ao encontro e à celebração da vida. Melhor ainda quando se
pode fazer isto usufruindo de uma experiência completa, juntando os
espetáculos do Teatro Unimed, como este seu primeiro espetáculo de
dança, e os sabores inesquecíveis do Perseu Coffee House, no térreo, e
do Casimiro Ristorante dal Tatini, no quarto andar, nesta esquina
icônica da alameda Santos com a rua Augusta”, afirma Fernando Tchalian, CEO da desenvolvedora Reud, controladora do Teatro Unimed.
Sinopse
Lá
Vem Ela é um espetáculo de dança inspirado no discurso estético
irreverente de uma das mulheres mais revolucionárias do cenário pop-rock
brasileiro: Rita Lee. Idealizado e dirigido pelas artistas baianas
Jussara Setenta e Ana Paula Bouzas, reúne as marcas do deboche, do
humor, da sensualidade, do ativismo, da feminilidade e das múltiplas
sonoridades que fazem parte do universo estético da "mamãe natureza" do
rock nacional. Em cena, três dançarinas e seus corpos mutantes dialogam
com a inspiradora criatividade desta artista que há mais de 50 anos nos
convida para "arrombar a festa" e "bailar como se baila na tribo"!
Ana Paula Bouzas
- Artista da cena, há mais de 30 anos trabalha como dançarina, atriz,
coreógrafa, diretora de movimento, diretora cênica e preparadora de
elenco em teatro, dança, cinema e TV. Graduada em Dança e pós-graduada
em Preparação Corporal nas Artes Cênicas (ambas pela Faculdade Angel
Vianna - RJ), com mestrado em Dança (PRODAN – UFBA), foi diretora
artística do Balé Teatro Castro Alves (BA) e integrou grupos e
companhias de teatro e dança em Salvador e no Rio de Janeiro. Em suas
experiências artísticas, trabalhou com profissionais como Marilena
Ansaldi, Ana Kfouri, Wagner Moura, Lázaro Ramos, Deborah Colker, João
Falcão, entre outros. Seus mais recentes trabalhos como intérprete são
os filmes Marighella e Medida Provisória. Na direção, segue em cartaz
com a peça Antes do Ano Que Vem, ao lado do ator e diretor Lázaro
Ramos, após ter assinado coreografia e codireção do musical Amor
Barato – o Romeu e Julieta dos Esgotos, eleito Melhor Musical pela
votação popular no Prêmio Aplauso Brasil 2018.
Jussara Setenta -
Professora e pesquisadora licenciada em Dança, especialista em
Coreografia, mestre em Artes Cênicas (todas pela UFBA) e doutora em
Comunicação e Semiótica (PUC/SP). Participou de projetos coreográficos
(como Vácuo, Borrão I, Borrão II, Ponto e Vírgula, Tramas e Analogias,
Aroma de Coisas Infinitas, La Muerte en Los Cuerpos de mi Vida), de
teatro (como O Lobo da Estepe, A Outra Meta...De, Noviças Rebeldes) e em
música (como Música de Rua, Feijão com Arroz, Elétrica, Sol da
liberdade).
Ana Brandão
- Paulistana, vivendo na Bahia há 10 anos, onde trabalha como artista
da dança: dançarina, criadora, inventora, professora, arte educadora,
produtora, curadora e iluminadora. Tem trabalhado e estudado associando
arte, educação e saúde. Como artista, acredita em um fazer afetivo, que
aproxima a arte como algo do comum, um extraordinário comum, criando e
acompanhando processos de artistas e não-artistas em suas invencionices e
movimentos do dia a dia.
Luana fulô
(com “f” mesmo) é mulher, preta, soteropolitana, artista, professora e
mestranda em dança. Movida pela versatilidade, curiosidade e movimento,
desde 2014 vem atuando como bailarina/intérprete, assistente de produção
e coreografia em produções voltadas para o segmento da dança em
Salvador. Atualmente, é bailarina em companhias independentes.
Patrícia Zarske é
artista, pesquisadora e educadora em dança. Natural de Campo Mourão no
Paraná, atua há 8 anos em Salvador, como professora da rede municipal e
artista independente. Licenciada e bacharelada em Dança e em Pedagogia
(UNESPAR-PR), tem mestrado em Dança (UFBA) e estuda as articulações
entre discurso, corpo e dança. É na criação compartilhada e no dançar o
tempo que firma seus passos.
PLATÔproduções
Produtora
cultural independente fundada em 1999, em São Paulo, especializada em
planejamento, produção, editais públicos, comercialização, captação e
gerenciamento administrativo-financeiro de projetos artísticos-culturais
e acadêmicos em dança, música, performance e teatro, no Brasil e no
exterior, fundada e dirigida por Dora Leão, economista,
gestora e produtora cultural, doutora e mestre em Comunicação e
Semiótica (PUC-SP), com estudos realizados nas áreas de políticas
culturais e economia da cultura.
Ficha Técnica
Idealização e direção artística: Jussara Setenta e Ana Paula Bouzas
Composição coreográfica: Ana Brandão, Ana Paula Bouzas, Jussara Setenta, Luana fulô e Patrícia Zarske
Elenco: Ana Brandão, Luana fulô e Patrícia Zarske
Trilha sonora: Jarbas Bittencourt e Ronei Jorge
Técnico de som: Gabriel Bessa
Cenografia: Renata Mota
Assistente de cenografia: Luiza Dahia
Estagiária de cenografia: Lais Rana
Cenotécnico: Paulo Roberto Florêncio
Assistentes cenotecnia: José Carlos Nascimento e Jesus Manuel Alban
Figurinos e adereços: Bettine Silveira
Assistência de figurino: Gabby Arnaoutte
Costureiras: Cris Meneses e Ednalva Sacramento
Desenho de luz: Fabio Espírito Santo
Assistência de iluminação e operação de luz: Raquel Balekian
Técnico de luz: André Pierre
Direção de Produção: Dora Leão
Assistência de produção (Salvador): Erivaldo Sousa
Assistência de produção (São Paulo): Marcelo Leão
Técnico de palco: Mazinho
Assistência de direção de palco: Jan Eric Skevik
Direção técnica (São Paulo): Fernando Passetti
Fotos divulgação: Fabio Bouzas
Criação identidade visual: Casa Grida
Assessoria jurídica: Emerson Cabral
Assessoria jurídica Teatro Unimed: Carolina Simão
Gerente técnico Teatro Unimed: Reynold Itiki
Comunicação Teatro Unimed: Dayan Machado
Assessoria de Imprensa Teatro Unimed: Fernando Sant’ Ana
Produção e administração: PLATÔproduções e Meimundo Inventações Compartilhadas
Apoio: Escola de Dança – UFBA, Intercity Interative Jardins
Realização: Teatro Unimed
Teatro Unimed
O
Teatro Unimed está localizado em um dos pontos centrais da cidade de
São Paulo: esquina da Rua Augusta com a Alameda Santos, a apenas uma
quadra da Avenida Paulista. Sua programação é dedicada a espetáculos de
alta qualidade e nunca antes exibidos na cidade, como o musical Lazarus,
de David Bowie, com o qual o teatro abriu suas portas em agosto de
2019. Durante todo o período em que esteve fechado para espetáculos
presenciais, o Teatro Unimed continuou produzindo cultura e lazer, com
espetáculos de grande qualidade, online e sempre gratuitos, como parte
do projeto Teatro Unimed Em Casa. Muito versátil, com o que existe de
mais moderno em tecnologia cênica, ideal para espetáculos de teatro,
música, dança, eventos, gravações e transmissões ao vivo, o Teatro
Unimed é todo revestido em madeira, com 249 lugares, palco de 100m2,
boca de cena com 12m de largura e fosso para orquestra. Primeiro teatro
criado por Isay Weinfeld (responsável pelos projetos dos hotéis do Grupo
Fasano, do residencial Jardim, em Nova York, e do Hotel
InterContinental, em Viena), o Teatro Unimed ocupa o primeiro andar do
sofisticado edifício projetado pelo arquiteto, o Santos Augusta,
empreendimento da desenvolvedora Reud, combinação única de escritórios,
café, restaurante e teatro, o que permite uma experiência completa,
antes e depois de cada espetáculo. Elegante e integrado ao lobby no piso
térreo, o Perseu Coffee House é a porta de entrada do Santos Augusta.
Com mobiliário vintage original dos anos 50 e 60, assinado por grandes
nomes do design brasileiro, como Zanine Caldas, Rino Levi e Carlo
Hauner, e uma carta de cafés, comidinhas e drinks clássicos, é o lugar
perfeito para encontros informais, desde um café da manhã até o happy
hour. O Casimiro Ristorante, localizado no quarto andar do edifício, é
uma iniciativa de um dos mais admirados e tradicionais restaurantes de
São Paulo o Tatini, fruto da dedicação de três gerações de profissionais
voltados para a gastronomia italiana de qualidade: Mario Tatini,
Fabrizio Tatini e Thiago Tatini.
Lá Vem Ela
Espetáculo de dança inspirado em Rita Lee
Teatro Unimed
Ed. Santos Augusta, Al. Santos, 2159, Jardins, São Paulo
Estreia: sexta-feira, 31 de março de 2022, às 20h
Temporada: de 31 de março a 30 de abril de 2023
Horários: sextas e sábados, às 20h. Domingos, às 18h
Ingressos: Plateia - R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia-entrada) | Balcão - R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia-entrada)
Clientes Unimed têm 50% de desconto com apresentação da carteirinha. Descontos não cumulativos.
Horários da Bilheteria: Sexta e sábado, das 12h30 às 20h30. Domingos, das 10h30 às 18h30.
Duração: 60 minutos
Classificação: livre
Capacidade: 249 lugares
Gênero: dança
Acessibilidade: Ingressos para cadeirantes e acompanhantes podem ser reservados pelo e-mail contato@teatrounimed.com.br
Estacionamento com manobrista: R$ 25,00 (primeira hora) + R$ 10,00 (por cada hora adicional)
Vendas pela internet:
www.sympla.com.br/teatrounimed
www.teatrounimed.com.br
https://www.facebook.com/TeatroUnimed
https://www.instagram.com/teatrounimed/
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