Percival Puggina
A edição do Correio do Povo desta segunda-feira (13/03) traz matéria produzida a partir de estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas) sobre o verdadeiro suicídio social e econômico causado pela má qualidade da educação que proporcionamos aos nossos estudantes.
A situação é bem conhecida e se reproduz com pequenas variações a cada atualização de dados. Segundo o ranking que reúne e classifica dados referentes a 76 países, divulgado pela OCDE no ano passado (2022), o Brasil ocupa a 60ª posição. Os dados compulsados se referem às disciplinas de Matemática e Ciências.
O que transforma o fato em notícia e objeto de crescente preocupação por parte de quem olha as gerações que já estão aí, é a informação trazida pelo estudo da FGV sobre o tema.
Resumindo a matéria trazida pelo Correio do Povo, tem-se o seguinte: o nível dos alunos afeta diretamente o PIB e, por consequência, o desenvolvimento social. Atingir o nível básico de proficiência pode elevar em até 16% o PIB de um país no nosso estágio atual.
Quando pensamos que na última década o PIB brasileiro cresceu em média apenas 0,26% ao ano, já podemos começar a falar em um suicídio econômico e social causado pelo desmazelo com a qualidade do ensino. Nossa posição é a 59ª entre 63 países listados pelo World Competitiveness Centre – IMD.
Noves fora os bons professores, os bons alunos e os bons gestores, restam poucos inocentes. Temos professores que não ensinam e alunos que não estudam. Temos gestores do sistema operando para partidos políticos e professores que usam a sala de aula para tarefas ideológicas e “causas” diversas. É o pior de Paulo Freire que dá sentido a essas vidas não vocacionadas para o ensino. Como consequência, em sua atividade, muito contribuem para anular o proveito que poderia ser produzido pela escolaridade de sucessivas turmas, ano após ano.
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