O Canal Brasil vai exibir dois filmes inspirados em obras de Graciliano Ramos, no dia 20 de março, data que marca os 70 anos da morte do romancista,
cronista, contista, jornalista, político e escritor. Os dois longas
são dirigidos por Nelson Pereira dos Santos e têm os roteiros baseados
em livros de Graciliano: "Vidas Secas" e "Memórias do Cárcere". A obra
do escritor destacou-se na literatura nacional com textos que retratam a
vida do homem nordestino no sertão.
"Vidas Secas" marcou parte da primeira
fase do movimento cinematográfico Cinema Novo e traz a história de uma
família de retirantes acometida pela seca no sertão. O filme se passa em
1941 e as filmagens foram em Minador do Negrão e Palmeira dos Índios,
sertão de Alagoas.
“Memórias
do Cárcere” relata a prisão de Graciliano Ramos na época da Ditadura
Militar, por ser um simpatizante do comunismo e opositor ao governo. No
livro, adaptado posteriormente para o cinema, ele conta o processo de
enfrentar o confinamento estando muito doente, por conta de uma úlcera
mal tratada. O filme é de 1984 e em 2015 entrou na lista dos 100
melhores filmes brasileiros de todos os tempos feita pela Associação
Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine).
Vidas Secas (1963) (103’)
Horário: Quinta, 27/10, às 14h55
Classificação: Livre
Direção: Nelson Pereira dos Santos
Sinopse: Em
Vidas Secas, uma família de retirantes tenta escapar da seca no sertão
nordestino. Fabiano (Átila Iório), Sinhá Vitória (Maria Ribeiro), seus
dois filhos e a cachorra Baleia vagam sem destino e já quase sem
esperanças pelos confins do interior, sobrevivendo às forças da natureza
e à crueldade dos homens. Adaptação da obra de Graciliano Ramos.
Memórias do Cárcere (1984) (173')
Horário: Segunda, 20/03, às 16h35
Classificação: Livre
Direção: Nelson Pereira dos Santos
Sinopse:
Na década de 1930, o escritor Graciliano Ramos (Carlos Vereza) é preso
acusado de ligações com o Partido Comunista. Capturado em Alagoas, onde
era servidor público e levava uma pacata vida, ele dá entrada no
presídio de Ilha Grande, no Rio de Janeiro, em 3 de março de 1936, sem
sequer passar por um julgamento. Em meio a atritos de ordem política e
pessoal, crueldade, insalubridade, fome e os mais diversos tipos de
criminosos - de ladrões de galinha a guerrilheiros -, ele escreve.
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