O consumo de alimentos ultraprocessados é apontado por autoridades de saúde ao redor do mundo como um dos principais vilões para o aumento da incidência de
câncer de intestino, chamado de câncer colorretal, que acomete o reto e
o intestino grosso. No Brasil, ele é o terceiro mais incidente – são
cerca de 40 mil novos casos diagnosticados por ano. Desse total, cerca
de 30% ocorrem devido a fatores comportamentais, como má alimentação,
tabagismo e falta de atividade física, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
O
hábito de ingerir alimentos ultraprocessados (salgadinhos, biscoitos,
lanches de fast-food, etc) está relacionado a aproximadamente 57 mil mortes prematuras
por ano no Brasil, segundo estudo do Núcleo de Pesquisas
Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP (Nupens). De acordo com a
pesquisa, esse tipo de comida está associado a um risco aumentado de
cânceres, doenças cardiovasculares, diabetes, entre outras comorbidades.
Os
vilões dos alimentos ultraprocessados são os aditivos químicos e
conservantes, que podem ser nocivos ao metabolismo e ao trato
gastrointestinal. “Eles contribuem para o aumento do risco
cardiometabólico, principalmente pelo desenvolvimento de sobrepeso e
obesidade, muitas vezes o que culmina na síndrome metabólica,
caracterizada por um aumento da gordura abdominal, elevação da pressão
arterial, alterações de colesterol e de triglicérides, bem como dos
níveis de glicose. Esse cenário contribui para o aumento do risco de
desenvolver câncer colorretal, doenças cardiovasculares e diabetes tipo
2”, explica a médica do Esporte da healthtech Liti, Debora Terribilli.
O
consumo em excesso de açúcar, seja em doces, bebidas gaseificadas e
sucos, também tem correlação com o aumento do risco de desenvolver o
câncer colorretal. O mesmo ocorre com comidas ricas em gorduras
saturadas e embutidos (bolacha, bacon, salsicha, mortadela, salame
etc), que causam desbalanços na microbiota intestinal favorecendo a
carcinogênese (ou seja, o surgimento do câncer) por induzir inflamação,
promover a proliferação celular local, e alterar as respostas
imunológica e metabólica do indivíduo.
“O
diagnóstico precoce aumenta as chances de sobrevida e de cura da
doença. Independente do tratamento oncológico recomendado, para todos os
casos, a adoção de hábitos que favoreçam a melhora da composição
corporal, com redução da gordura, preservação e aumento da massa
muscular, são essenciais para o sucesso terapêutico”, afirma a médica do
Esporte da healthtech Liti.
O
câncer colorretal é geralmente assintomático nos estágios iniciais. Com
a progressão da doença, alguns sinais e sintomas podem surgir.
“Presença de sangue nas fezes, mudanças do hábito intestinal, dor
abdominal recorrente e perda de peso não intencional podem estar
presentes no diagnóstico”, alerta Debora Terribilli.
Prevenção
O Instituto Nacional de Câncer tem hospedado no seu site
uma lista com 12 recomendações para prevenir o câncer, entre elas: não
fumar; inserir no dia a dia o consumo de alimentos de origem vegetal;
evitar alimentos ultraprocessados e a ingestão de bebidas alcoólicas;
entre outras orientações.
Segundo
o INCA, manter uma composição corporal adequada ao longo da vida e
praticar atividades físicas regulares são formas de se proteger contra o
câncer. “Consumir no dia a dia
frutas, legumes, verduras e fibras, reduzir o consumo de carne vermelha,
de duas a três vezes por semana, e manter-se hidratado são
recomendações essenciais para prevenir os tumores malignos, entre eles o
colorretal”, orienta a médica da healthtech Liti Beatriz Tebaldi.
Tratamento da obesidade e do sobrepeso
Especialistas
na área da saúde apontam que tratar o sobrepeso e a obesidade são
fundamentais para evitar o desenvolvimento de diversos tipos de câncer.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade atingiu
proporções epidêmicas em todo o mundo, com pelo menos 2,8 milhões de pessoas morrendo por ano, como resultado do excesso de peso.
A tecnologia
é uma aliada na prevenção das doenças crônicas associadas à falta de um
estilo de vida saudável. A healthtech Liti, fundada pelo médico do
esporte e nutrólogo Eduardo Rauen e pelo economista Fernando Vilela,
atua para resolver a dor que impacta dois em cada três brasileiros, seja
com sobrepeso ou obesidade.
A
healthtech trabalha com uma equipe multidisciplinar (médicos,
nutricionistas, cientistas comportamentais e educadores físicos) que
acompanha o paciente ao longo de todo o processo de perda de peso. O
plano de ação conta com tecnologia e informações atualizadas para
embasar as tomadas de decisões das equipes técnicas, de acordo com a
resposta metabólica e a rotina de cada um. A jornada do paciente é 100%
online.
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