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sábado, 3 de agosto de 2024

PF ataca fraude com os respiradores

 

JORNAL  A  REGIÃO

A Polícia Federal executa nesta quinta-feira a segunda fase da Operação Cianose, que visa a quadrilha que desviou dinheiro público através da fraude com respitadores supostamente comprados pelp Consórcio Nordeste durante a pandemia, na época presidido pelo então governador da Bahia Rui Costa.

Policiais federais cumprem 34 mandados de busca e apreensão, além de sequestro de bens, expedidos pela Justiça Federal na Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Os delitos investigados incluem fraudes com licitação, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O hoje ministro do regime de Lula da Silva (PT), Rui Costa (PT), foi citado nas delações premiadas e a Polícia Federal encontrou informações que o ligam a contratos ilegais de R$ 48 milhões para a compra dos respiradores junto a empresa de produtos de maconha e outras sem competência no setor.

O contrato para a compra de 300 respiradores importados da China foi assinado em abril de 2020, no início da pandemia de covid-19. Se justificativa aceitável, a compra foi paga antecipadamente, e os equipamentos nunca foram entregues. Além da Bahia, a fraude lesou outros estados do Nordeste.

Segundo levantamento do Jornal das Sete, da Morena FM, um alvo é o empresário Cléber Isaac, que recebeu R$ 1,6 milhão como "comissão" por ter intermediado o negócio entre a empresa e o governo da Bahia. O mandado contra ele determinou a apreensão de dinheiro em espécie, aparelhos eletrônicos e documentos.

A empresária Cristiana Prestes Taddeo, da Hempcare, já devolveu R$ 10 milhões e fechou delação premiada em 2022 com a então vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo. Ela acusou Rui Costa e mostrou à PF as transferências bancárias, além de pedido de propina do então chefe da Casa Civil, Bruno Dausler (à dir).

Um ex-secretário de governo, que se supõe seja Dausler, também citou o nome do político em depoimento à polícia. Ele afirma que fechou todo o negócio com ordens diretas do ex-governador. Cristina conta que o negócio era ruim para o Estado e ela nem teve que apresentar a documentação obrigatória para a compra.

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