A
Bahia apresentou um crescimento de 3% no índice de atividade econômica
de janeiro a maio de 2024, quando comparado com o mesmo período do ano
passado, segundo o IBCR-NE do Banco Central. A conjuntura econômica do
estado teve como destaque ainda o avanço do volume de vendas do comércio
varejista, que apresentou crescimento de 10,9%. Entre os estados do
Nordeste, a Bahia despontou também com maior saldo de empregos da
região, com a criação de 45.138 novos postos de trabalhos formais.
Segundo
análise do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene)
divulgada no final de julho, os dados refletem o crescimento regional,
que foi impulsionado pelo aumento no consumo das famílias, melhoria na
oferta de empregos, elevação do rendimento médio real e processo de
desinflação. A demanda por crédito também acompanhou esse movimento de
crescimento econômico.
O
Sistema Financeiro Nordestino registrou um saldo de operações de
crédito de R$ 821,1 bilhões em maio de 2024, o que representa
crescimento de 10,6% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Este
aumento foi superior ao observado em âmbito nacional, onde o crédito
cresceu 9,2% no mesmo período.
Para
Ana Paula Medeiros Vieira, Coordenadora de Ciclo de Crédito da Central
Sicredi Nordeste, na instituição financeira cooperativa “os segmentos de
Comércio e Serviços lideraram a procura, representando 89% da carteira
de crédito de pessoa jurídica em maio de 2024, com operações totalizando
R$ 1,9 bilhão. Um aumento de 22% em relação ao ano anterior”.
Raio-X dos Créditos
No
comércio, o crescimento econômico nordestino tem sido percebido na
oferta de crédito para supermercados, lojas de móveis e
eletrodomésticos, e de materiais de construção. Segundo o Sicredi, essas
empresas buscam financiamento principalmente para capital de giro,
expansão e modernização, e compra de equipamentos.
Os
recursos têm sido aplicados para a criação de novas lojas, renovação do
espaço físico, investimento em tecnologia, e-commerce e marketing.
“Quase 70% da carteira de crédito de pessoa jurídica está concentrada,
nos últimos 30 meses, com as seguintes médias: Capital de Giro com 45%
da carteira de crédito, Energias Renováveis com 11%, Rotativos com 7% e
Financiamento de Veículos com 6%”, complementa Ana Vieira.
No
setor de serviços, as principais necessidades são investimentos em
tecnologia, treinamento e também na geração de capital de giro. A
instituição tem percebido um aumento nos projetos que buscam adquirir
softwares especializados, sistemas de gestão empresarial (ERP) e
desenvolvimento de plataformas digitais.
"Atender
a essas necessidades de crédito são cruciais para o crescimento e a
sustentabilidade das empresas nos setores de comércio e serviços na
região Nordeste. Essa é a melhor forma de se contribuir para o
desenvolvimento econômico local e regional”, finaliza a especialista.
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