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O mercado japonês é dominado por marcas locais e vender carros estrangeiros por lá requer conquistar um consumidor tradicionalista e, podemos dizer assim, ultranacionalista.
Contudo, a corrente dos ventos está soprando da China em direção ao Japão e, nesse caso, de forma suave, mas importante. A marca de luxo Hongqi estabeleceu no país a primeira concessionária.
Trata-se da primeira marca de carros chinesa a se estabelecer no Japão, onde apenas 10% das vendas são de carros estrangeiros. Em Osaka, no distrito de Nanba, a Hongqi apresentou à imprensa nipônica o modelo H9.
Apelidado de “Rolls-Royce chinês”, o Hongqi H9 é o primeiro de cinco modelos que a marca pretende vender no Japão, país que apenas importa ônibus elétricos da China.
Com preços entre 5,5 milhões e 11,5 milhões de ienes, algo entre R$ 271,4 mil e R$ 567,4 mil, em conversão direta, o Hongqi H9 atuará no segmento de luxo para impressionar os japoneses. O H9 tem um V6 3.0 de 283 cavalos e mede 5,08 metros.
Isso será um desafio enorme diante de um mercado onde as marcas locais possuem prestígio de sobra, mesmo que eventualmente ocorram escândalos envolvendo qualidade, como nos casos de Nissan e Mitsubishi, por exemplo.
Um executivo da indústria automobilística japonesa comentou: “o sucesso do Hongqi no mercado japonês depende de realmente haver motoristas que queiram esses carros”. Ela pretende vender a versão híbrida plug-in 2.0 com 252 cavalos.
Realmente será interessante ver esse movimento, embora atualmente os produtos “Made in China” não sejam mais tão associados com bens de baixa qualidade ou baratos.
Nos últimos anos, o Japão passou a importar mais produtos tecnológicos da China. Com 25% das importações do país vindo do vizinho continental, os compradores nipônicos trocaram as roupas de 10 anos atrás por computadores, smartphones e tablets.
Pode ser esse o caminho pelo qual a Hongqi planeja pavimentar pelos sinuosos caminhos do Japão. Prometendo inclusive um SUV de luxo, a marca pretende abrir em 2022 uma revenda em Tóquio.
Ainda não se sabe até onde a chinesa chegará na terra do sol nascente, porém, a entrada de um player num mercado de luxo do Japão é otimista, devido como os fabricantes do gigante asiático estão mais confiantes no mercado mundial.
[Fonte: The Asahi Shimbun]
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