Companhia Argeplan é do coronel aposentado João Batista Lima, amigo do presidente
Redação
Relatório parcial da Polícia Federal (PF) enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) aponta que a empresa Argeplan, do coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo João Batista Lima, teve a estrutura utilizada para atender a “demandas da vida pública e privada” do presidente Michel Temer.
O relatório é assinado pelo delegado Cleyber Malta Lopes, responsável pelo inquérito dos portos. O coronel é amigo de Temer. A investigação apura se Temer quis beneficiar empresas do setor portuário em troca de pagamento de propina.
“Há indícios robustos de que diversos dispositivos inseridos no normativo guardam questionamentos do ponto de vista legal e até mesmo constitucional, não restando dúvidas que tais alterações pleiteadas pelas empresas, encampadas por Rocha Loures [ex-deputado e ex-assessor de Temer, que chegou a ser preso] e editadas pelo excelentíssimo presidente da República extrapolavam a regularidade, estendendo benefícios ilegais às empresas concessionárias do setor portuário”, afirma o relatório da PF.
O presidente nega a acusação. A defesa do coronel Lima, que chegou a ser preso em março pela PF, refuta veementemente todas as acusações.
Na quinta-feira (28), a PF fez ao ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso no STF, o terceiro pedido de prorrogação da investigação por 60 dias. O magistrado permitiu a continuidade do inquérito enquanto não toma uma decisão definitiva sobre a prorrogação.
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