O Miura é apontado como a grande obra da marca de
Ferruccio Lamborghini. Lançado em 1966, o belíssimo carro desenhado por
Marcello Gandini foi um marco na engenharia automotiva. Adotou conceitos
como motor central traseiro em posição transversal para manter todas as
massas entre as rodas e demais soluções que fazem dele um dos carros
mais exóticos da história. No entanto, mais exclusivo e excêntrico ainda
foi o Miura SVR.
A versão com apenas uma unidade construída acaba de ser totalmente restaurada pelo Polo Storico Lamborghini, num trabalho que levou quase dois anos.
Popular no Japão, onde virou personagem de histórias em quadrinho e até brinquedo, o SVR foi construído em 1974, dois anos após o fim da produção das 763 unidades Miura.
A ideia que levou ao SVR surgiu depois que Bob Wallace, um dos integrantes da equipe de desenvolvimento do Lambo, elaborou um protótipo batizado de Jota. O nome fazia alusão ao artigo “J” do regulamento da FIA para homologação de carros de produção em série para uso em pista.
Reza a lenda que Wallace, que era piloto e mecânico de competição, acreditava que o Miura nunca teve todo o potencial aproveitado. O Jota basicamente passou por uma revisão na carroceria, recebendo novos apêndices aerodinâmicos, tomadas e saídas de ar, assim como ajustes de suspensão.
Era uma tentativa de levar o carro para as pistas. Mas um acidente sepultou o protótipo. Sob pressão dos clientes, a marca italiana construiu algumas unidades com as especificações do Jota batizadas de SVJ.
O SVR, por sua vez, partiu de uma unidade 1968, com numeração de chassi 3781, que foi levada em 1974 para Sant’Agata para a reconstrução, e ficou pronta em 1976. Pouco tempo depois o carro foi enviado para o Japão, onde conquistou fama.
Segundo o Polo Storico Lamborghini, o SVR retornou para as instalações da marca aos pedaços, mas com todos os componentes encaixotados. O resultado é um automóvel exuberante, que segue fielmente o projeto original, que renasceu pela terceira vez.
O pai dos supercarros
A indústria automotiva italiana sempre foi marcada por acontecimentos passionais, que beiram o folclore. Com a Lamborghini não foi diferente. Conta a história que Ferruccio decidiu construir os próprios esportivos depois que o comendador Enzo Ferrari se negou a ouvir suas reclamações sobre o carro que tinha comprado da marca de Maranello.
Em 1964, ele lançou o 350 GT, que apesar de ostentar um vigoroso V12, era um carro pouco cativante, que arrancou risadas do comendador. Para provar que poderia fazer algo mais que tratores, Ferruccio formou uma equipe com engenheiros vindos da própria Ferrari para projetar o Miura (nome de um touro de briga espanhol).
Com estilo inspirado no Ford GT40, o Miura foi desenhado por Marcello Gandini. Bob Wallace, Paolo Stanzani, Giampaolo Dallara e Giotto Bizzarini compunham a equipe.
O Miura era um carro que extrapolava o sentido da palavra exótico. Tinha perfeita distribuição de peso, com direito a um motor V12 traseiro, montado em posição transversal, que até hoje é uma primazia num supercarro de rua.
A unidade 4.0 litros entregava 350 cv e 37 mkgf, que eram mais que suficientes para empurrar os 980 quilos a 280 km/h e acelerar de 0 a 100 km/h em 6,7 segundos. Outro detalhe único do Miura era que seu V12 tinha a transmissão fundida junto ao bloco, devido à posição transversal do motor.
Com o Miura, Ferruccio falhou como fabricante de carros esporte. Na verdade, ele consolidou a Lamborghini como marca de supercarros com nomes de touros como Countach, Diablo, Murcielogo e Aventador, com seus V12 “posteriores”, bem mais exóticos que as macchine de Enzo.
A versão com apenas uma unidade construída acaba de ser totalmente restaurada pelo Polo Storico Lamborghini, num trabalho que levou quase dois anos.
Popular no Japão, onde virou personagem de histórias em quadrinho e até brinquedo, o SVR foi construído em 1974, dois anos após o fim da produção das 763 unidades Miura.
A ideia que levou ao SVR surgiu depois que Bob Wallace, um dos integrantes da equipe de desenvolvimento do Lambo, elaborou um protótipo batizado de Jota. O nome fazia alusão ao artigo “J” do regulamento da FIA para homologação de carros de produção em série para uso em pista.
Reza a lenda que Wallace, que era piloto e mecânico de competição, acreditava que o Miura nunca teve todo o potencial aproveitado. O Jota basicamente passou por uma revisão na carroceria, recebendo novos apêndices aerodinâmicos, tomadas e saídas de ar, assim como ajustes de suspensão.
Era uma tentativa de levar o carro para as pistas. Mas um acidente sepultou o protótipo. Sob pressão dos clientes, a marca italiana construiu algumas unidades com as especificações do Jota batizadas de SVJ.
O SVR, por sua vez, partiu de uma unidade 1968, com numeração de chassi 3781, que foi levada em 1974 para Sant’Agata para a reconstrução, e ficou pronta em 1976. Pouco tempo depois o carro foi enviado para o Japão, onde conquistou fama.
Segundo o Polo Storico Lamborghini, o SVR retornou para as instalações da marca aos pedaços, mas com todos os componentes encaixotados. O resultado é um automóvel exuberante, que segue fielmente o projeto original, que renasceu pela terceira vez.
O pai dos supercarros
A indústria automotiva italiana sempre foi marcada por acontecimentos passionais, que beiram o folclore. Com a Lamborghini não foi diferente. Conta a história que Ferruccio decidiu construir os próprios esportivos depois que o comendador Enzo Ferrari se negou a ouvir suas reclamações sobre o carro que tinha comprado da marca de Maranello.
Em 1964, ele lançou o 350 GT, que apesar de ostentar um vigoroso V12, era um carro pouco cativante, que arrancou risadas do comendador. Para provar que poderia fazer algo mais que tratores, Ferruccio formou uma equipe com engenheiros vindos da própria Ferrari para projetar o Miura (nome de um touro de briga espanhol).
Com estilo inspirado no Ford GT40, o Miura foi desenhado por Marcello Gandini. Bob Wallace, Paolo Stanzani, Giampaolo Dallara e Giotto Bizzarini compunham a equipe.
O Miura era um carro que extrapolava o sentido da palavra exótico. Tinha perfeita distribuição de peso, com direito a um motor V12 traseiro, montado em posição transversal, que até hoje é uma primazia num supercarro de rua.
A unidade 4.0 litros entregava 350 cv e 37 mkgf, que eram mais que suficientes para empurrar os 980 quilos a 280 km/h e acelerar de 0 a 100 km/h em 6,7 segundos. Outro detalhe único do Miura era que seu V12 tinha a transmissão fundida junto ao bloco, devido à posição transversal do motor.
Com o Miura, Ferruccio falhou como fabricante de carros esporte. Na verdade, ele consolidou a Lamborghini como marca de supercarros com nomes de touros como Countach, Diablo, Murcielogo e Aventador, com seus V12 “posteriores”, bem mais exóticos que as macchine de Enzo.
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