Aquilo que Padilha chamou de “mecanismo” na sua polêmica
produção sempre preferi chamar de “maldito sistema”. Mas para me
“modernizar”,estou adotando a expressão desse genial seriado que retrata com
extrema fidelidade a podridão política em que vive o Brasil.
Com o julgamento final do “habeas corpus” de Lula ,talvez
hoje no Supremo Tribunal Federal (4.03.18),a encruzilhada política em que
meteram o Brasil está em saber se o chefe da organização criminosa (Lula) ficará livre e sobreviverá
politicamente, ou será exclusivamente a sua organização criminosa ,com novas
lideranças, que terá uma sobrevida.
Ficou muito claro uma certa tendência nos meios militares de
não acatarem uma eventual concessão do habeas
corpus para o “meliante” Lula. A concessão do “habeas” pelo STF possivelmente redundaria no acionamento do
comando previsto no artigo 142 da Constituição pelos militares, chamada por uns
de “intervenção militar”, por outros de “intervenção constitucional”,mas que na
verdade seria uma intervenção do poder instituinte,soberano e constituinte do povo ( CF art.1º,parágrafo
primeiro), pois a esta altura dos acontecimentos eles já devem ter afastado das
suas cabeças que só poderiam “intervir” mediante convocação de qualquer um dos chefes dos Três Poderes
Constitucionais (Executivo,Legislativo e Judiciários),para os fins específicos
de “garantia dos poderes constitucionais e defesa da pátria”. Certamente os
militares tomaram consciência que têm poderes para deliberar e agir nesse
sentido, com plena “soberania”, se as circunstâncias exigirem,independentemente
de serem requisitados pelo Presidente da República, ou chefe de algum dos
outros Dois Poderes.
Sabidamente não bastaria o afastamento da política
exclusivamente do ex-Presidente Lula da Silva. O conjunto da sua “quadrilha” (o
mecanismo) é tão ou mais poderosa que ele. Se Lula for afastado do comando
hoje, diversas outros “cumpanheros (as)” já estariam em posição de prontidão
para assumir o seu lugar. A “alma” do povo decente ficaria lavada. Mas a
sujeira política que o cerca continuaria igual, sem nenhum “arranhão”.
Então não resta a menor dúvida que a melhor alternativa de
sobrevida para o “maldito sistema” será a execução da pena de prisão para
Lula,com indeferimento do seu
habeas corpus,mesmo que sacrificando temporariamente o “líder”. Resumidamente pode-se garantir que
a morte política de Lula seria a melhor vitamina para fortalecer toda a
podridão que ele sempre representou.
A única saída que teria o Brasil para livrar-se de verdade e
definitivamente desse lodo imundo político em que vive ,seria a concessão pelo Supremo do
habeas corpus para Lula, hoje ou amanhã, assim ficando desmoralizada a própria
Justiça. Tudo leva a crer que essa
medida causaria um nome impacto e a consequente reação em cadeia nos meios militares,e que só
assim tomariam coragem para cumprir sua missão constitucional prevista expressamente no artigo 142, “limpando” o Brasil Político.
Resta lembrar que se o HC de Lula for negado,e ele
acabar preso,cumprindo a pena da condenação
da 8ª Turma do TRF-4,sem dúvida seria a estratégia mais inteligente do
“mecanismo”. Essa eventual prisão jamais se prolongaria pelos 11 anos e poucos,conforme a condenação. Ela
seria por curto espaço de tempo. Sempre haveria o tal “jeitinho brasileiro”(político/jurídico)
para livrá-lo das grades antes do tempo.
Portanto essa prisão seria somente para “inglês ver”. Mas a vitória do “mecanismo” estaria garantida, para
azar do Brasil e de muitas das suas gerações futuras.
Sérgio Alves de Oliveira/Advogado e Sociólogo
Nenhum comentário:
Postar um comentário