MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 29 de abril de 2018

Será difícil apanhar Beltrame, mas há outro delator que pode entregá-lo


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Beltrame alega que jogaram seu nome “na lama”
Chico Otavio / Daniel Biasetto
O Globo
O delegado federal José Mariano Beltrame, ex-secretário estadual de Segurança Pública do Rio (2007-2016), disse que coloca as declarações de bens, contas bancárias e outros dados patrimoniais à disposição das autoridades judiciais para provar, como garante, que nunca recebeu propina do esquema do ex-governador Sérgio Cabral. Ele chamou de “vagabundo e mentiroso” o economista Carlos Miranda, responsável pela delação que o envolve.
— Sinceramente, não recebi recurso algum. Ele terá de provar — desafiou, irritado.
NÃO CONHECIA – Segundo Beltrame, em 2007, ano em que, conforme disse o delator, a propina de R$ 30 mil começou a ser paga, nem sequer conhecia Carlos Miranda: “Nem sei ao certo se o conheci em algum momento”.
O ex-secretário de Segurança afirma que só conheceu Paulo Fernando Magalhães Pinto algum tempo depois. “Como fico? Foram dez anos de dedicação para chegar a isso aí. E ainda citam o nome da minha mulher. Pelo amor de Deus” — reagiu.
José Mariano Beltrame disse que já foram feitas outras delações, no âmbito na Lava-Jato, que depois se revelaram falsas. O ex-secretário disse que, só agora, um ano e oito meses depois de deixar o governo, conseguiu organizar a vida profissional. Ele é dono de uma empresa de assessoria empresarial na área de segurança. Com a delação, o delegado teme que o projeto seja afetado, pois espera ser obrigado a dar explicações sobre a citação de seu nome:
NOME NA LAMA — “Não dá para aturar o nome na lama. Enterrei ali anos na minha vida profissional. Me sinto agredido por isso. O que direi à minha família?” – indagou.
Beltrame lembrou que, recentemente, venceu um processo judicial contra o ex-governador Anthony Garotinho, depois de se considerar caluniado. Ele não disse, contudo, se pretende fazer o mesmo com Carlos Miranda.
“Lamento que isso ocorra agora, porque sempre fui tratado com muito carinho no Rio” — disse o gaúcho Beltrame.
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