‘Onça Q Chora’ e ‘Gato Q Ri’: os bares “das antigas” em Teixeira

30/04/2018 - 11h21 | Por: Sulbahianews/Siara Oliveira

Foto: Autor desconhecido

Dentre os primeiros empreendedores a ganharem dinheiro em Teixeira de Freitas estavam os donos de bares, armazéns e restaurantes.

Nos meados de 1950, com a exploração de madeira e a construção das estradas que davam acesso aos distritos e municípios vizinhos, os primeiros negros, Francisco Silva e Manoel de Etelvina, abriram um boteco na região central de Teixeira e se tornaram os comerciantes pioneiros.

O comércio ficou denominado de “Comércio de Pretos”, sendo o principal atrativo para os produtores e trabalhadores da região.
Mais tarde, surgiu um bar, o ‘Gato Q Ri’, que tinha cadeiras cativas. O bar foi um marco da época, onde políticos e empresários fecharam acordos e grandes negócios.
Em 1971, surgiu mais um bar, o ‘Bar e Restaurante Onça Q Chora’, e foi um dos primeiros pontos de apoio do trevo da BR-101. O ponto comercial foi fechado em 1993, logo após a morte do seu proprietário, Sr. Adalberto Fernandes Cardoso, mais conhecido como “Dedé”.

Com o fim da ‘Onça Q Chora’, a viação São Geraldo, atual Gontijo, criou um ponto de apoio, que servia de descanso para passageiros que vinham de Vitória, Belo Horizonte e outros estados.
Com a reforma da Terminal Rodoviário, o ponto de apoio ficou desativado por um longo período, e, recentemente, retornou as atividades.

*Essas informações foram extraídas durante uma entrevista com o antigo morador, Domingos Cajueiro, neto do senhor José Félix Correia, fundador da Fazenda Nova América.