Armamento
disparado pela mais longeva ditadura do mundo, a da comunista Coreia do
Norte, passou sobre território japonês. É provocação demais. A tigrada
asiática quer guerra mesmo. A China sustenta o comunomonarca Kim Jong
Un:
Os Estados Unidos advertiram nesta terça-feira (29), depois que a Coreia do Norte lançou um míssil que sobrevoou o território do Japão, que todas as opções estão sobre a mesa.
“As
ações ameaçadoras e desestabilizadoras apenas aumentam o isolamento do
regime da Coreia do Norte na região e entre todas as nações do mundo”,
afirmou a Casa Branca em um comunicado. “Todas as opções estão sobre a mesa”, disse a nota oficial.
Este é o
primeiro projétil norte-coreano a sobrevoar o território japonês desde o
início do projeto balístico do país desde 2009. Em julho, Pyongyang testou dois mísseis intercontinentais disparados em diferentes direções.
O Conselho de Segurança da ONU se reunirá em caráter de urgência a pedido de Washington e Tóquio. Para o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, trata-se ameaça grave e sem precedentes.
O
embaixador norte-coreano na ONU, Han Tae-Song, alegou o direito à
autodefesa diante das intenções hostis dos Estados Unidos, que participa
de manobras militares conjuntas com a Coreia do Sul.
O míssil
provocou alarme no arquipélago japonês. As sirenes de alerta tocaram no
Norte, e milhões de cidadãos receberam uma mensagem do governo via
telefones celulares.
O
tráfego ferroviário foi temporariamente suspenso. “Há perturbações em
todas as linhas. Motivo: disparo de míssil balístico”, podia-se ler nas
telas do metrô de Sapporo, a principal cidade da ilha de Hokkaido, no
norte do arquipélago japonês.
Em 2009,
um foguete norte-coreano sobrevoou o território japonês, sem provocar
incidentes, mas gerou um protesto imediato do governo nipônico.
Na
ocasião, Pyongyang afirmou que era um satélite de telecomunicações, mas,
segundo Washington, Seul e Tóquio, era um teste para desenvolver
mísseis intercontinentais (ICBM).
O míssil
desta terça-feira foi lançado de Sunan, nas proximidades de Pyongyang,
às 5h57 locais (17h57 de Brasília, segunda-feira), e sobrevoou o Japão,
explicou o Estado-Maior sul-coreano.
O
projétil percorreu 2.700 quilômetros e alcançou uma altitude máxima de
550 km antes de cair no Pacífico. Foi disparado no sentido leste, e não
em direção à ilha de Guam, uma importante base americana a 3.500 km da
Coreia do Norte.
Aumentar a pressão
Após o
disparo, Shinzo Abe reiterou que o presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump, envolvido em uma disputa retórica com Pyongyang sobre o programa
armamentista, afirmou que Washington estará ao lado de Tóquio.
Depois
de uma conversa de 40 minutos por telefone, os dois governantes
concordaram em “aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte”, disse o
premier japonês.
Abe já havia advertido que seu governo adotará todas as medidas necessárias para garantir a segurança do povo japonês.
Principal
aliado e sócio comercial da Coreia do Norte, a China pediu prudência a
todas as partes. Apesar de a situação ter atingido um ponto de inflexão,
as pressões e sanções contra o regime comunista de Pyongyang não podem
resolver o problema, afirmou o porta-voz do Ministério chinês das
Relações Exteriores, Hua Chunying.
O
lançamento ocorre alguns dias depois de Pyongyang testar três mísseis de
curto alcance, que foram considerados uma provocação ante o exercício
conjunto anual realizado pelos Estados Unidos e pela Coreia do Sul.
Os dois
aliados apresentam as operações como defensivas, mas para Pyongyang
representam um teste para a invasão de seu território.
Escalada
O
lançamento desta terça-feira representa uma escalada significativa da
parte de Pyongyang. No começo do mês, os norte-coreanos haviam ameaçado
disparar mísseis na direção da ilha de Guam.
Um ataque desse tipo teria de passar, necessariamente, sobre o arquipélago japonês.
O líder
norte-coreano, Kim Jong-un, acabou se distanciou do suposto plano para
atingir o território de Guam e disse que poderia esperar. Ele advertiu
que, para isso, era “necessário que os Estados Unidos fizessem a opção
certa”.
“Parecia
que a Coreia do Norte havia recuado no jogo do mais forte”, disse Cha
Du-Hyeogn, do Instituto Asan de Estudos Políticos em Seul. “Mas
Pyongyang demonstra que não desinflou”, completou.
O regime
norte-coreano realizou dois testes de mísseis balísticos
intercontinentais em julho, que parecem ter colocado ao seu alcance boa
parte do território de Estados Unidos. A este movimento, o presidente
Donald Trump reagiu, alertando que Washington poderia responder com
“fogo e fúria”.
Pyongyang
avançou rapidamente em sua tecnologia militar, com um programa que
rendeu ao país o endurecimento das sanções impostas pela ONU.
Em 5 de
agosto passado, o Conselho de Segurança aprovou por unanimidade um novo
pacote de sanções contra a Coreia do Norte pelo teste de um míssil com
capacidade para atingir o território americano.
As
penalidades econômicas têm o objetivo de punir as exportações
norte-coreanas de carvão, ferro e do setor de pesca, o que deve privar o
país de quase um bilhão de dólares por ano em arrecadação. (Veja.com).
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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