MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Movimentos pró-impeachment se unem contra demissão de Medina Osório


Aline Macedo
O Globo
Pouco mais de uma semana depois de Michel Temer ser empossado como presidente efetivo, seu governo já enfrenta a primeira crise e pode perder aliados que ajudaram a desgastar sua antecessora, Dilma Rousseff. Movimentos que foram às ruas pedir o impeachment da ex-presidente voltaram a atuar em conjunto, mas desta vez os alvos são Temer e o Ministro-Chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Eles criticam a articulação de Padilha para exonerar o advogado-geral da União, Fábio Medina Osório.
Um grupo de 50 entidades e movimentos de mobilização, incluindo NasRuas, Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem pra Rua, reunidos sob o nome de Convergências programou para a tarde desta sexta-feira ações como um “tuitaço” com a hashtag #FicaMedina. O grupo também elaborou uma carta, que será protocolada junto à Presidência da República, criticando a demissão do AGU:
ATO ILEGAL “Repudiamos ainda, a medida autoritária e ilegal do Ministro Chefe da Casa Civil Sr. Eliseu Padilha, não apenas por buscar, segundo farto noticiário da imprensa especializada, obstruir o trabalho do Dr. Medina, mas também por tê-lo demitido. O ato praticado pelo Ministro é ilegal, pois cabe exclusivamente ao Presidente da República sua nomeação e, consequentemente, sua demissão”, diz um trecho do documento, que já começou a ser divulgado por meio de redes sociais.
A primeira ação do Convergências foi uma cerimônia na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), na qual o grupo assinou uma carta em resposta à petição enviada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à ONU, denunciando o juiz Sérgio Moro. Antes de organizar sua primeira ação crítica em relação ao governo Temer, o Convergências também chegou a elaborar uma nota de esclarecimento direcionada ao Papa Francisco, quando ele disse que o Brasil atravessava um ‘momento triste’.
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Os militantes já começarem a preparar cartazes de protesto
DEFENDEU O ESTADOAcreditamos que o Medina foi o primeiro advogado-geral da União que defendeu o Estado, e não um presidente. Agora que já está confirmado o nome da advogada Grace Mendonça para o cargo, vamos cobrar o posicionamento dela em relação às ações lideradas por ele, como a tentativa de recuperar o dinheiro desviado da União pela Lava-Jato — diz Carla Zambelli, do movimento NasRuas, em referência à iniciativa do ex-AGU de solicitar provas ao STF para embasar ações cíveis contra 26 políticos acusados de envolvimento com os escândalos da Petrobras.
Segundo a coluna de Lauro Jardim, do GLOBO, o AGU exonerado e Eliseu Padilha tiveram uma forte discussão na noite de quinta-feira, quando o ministro da Casa Civil reclamou da atuação do advogado em relação à Lava-Jato. Na visão de Padilha, Medina Osório traria “problemas para o governo”.
CONTRA O GOVERNOMesmo com a nomeação de uma funcionária de carreira da AGU para o cargo máximo, o grupo afirma que vai continuar com as ações de protesto contra o governo.
— Vamos manter a carta de repúdio, porque o Planalto precisa saber que queremos ver o dístico “Ordem e Progresso” sendo cumprido. Não conhecemos pessoalmente o Medina ou a Grace (a nova ministra), mas as atitudes dele mostravam que ele queria exercer o cargo em sua plenitude. É uma pena que o advogado-geral da União seja indicado pelo governante. Isso deixa claro que o cargo não tem independência — afirma Thomas Korontai, do movimento dos Federalistas e um dos idealizadores do Convergências.
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