Mesmo revendo antigas hesitações e perplexidades, o presidente Michel Temer decidiu encaminhar o projeto de reforma da Previdência Social ao Congresso antes das eleições municipais de outubro. Ponto para ele, ainda que por cautela devemos aguardar o texto, daqui até 2 de outubro.
Em paralelo, movimentam-se as centrais sindicais e os grandes sindicatos na tentativa de barrar a iniciativa, ao menos naquilo em que a reforma suprimirá direitos e tornará mais difícil a vida de quem estiver para se aposentar.
Insistem ministros mais próximos do presidente Temer que direitos adquiridos serão respeitados e que as novas regras valerão apenas para quem não alcançou 50 anos de idade. Mesmo assim, é bom tomar cuidado, porque o sentimento de agradar as elites, até porque os governantes fazem parte delas, continua a ser o mesmo na atual gestão.
NO CONGRESSO – As dificuldades para cumprir a promessa só aparecerão quando as chamadas reformas chegarem ao Congresso. Junto com as mudanças na Previdência Social virá a reforma trabalhista, também com sérias restrições por parte das organizações sociais.
Mas as atenções gerais estão voltadas para a próxima segunda-feira, quando a Câmara dos Deputados julgará o ex-presidente da casa, Eduardo Cunha, processado por ofensa ao decoro parlamentar. São necessários 257 votos, sobre 511 deputados. Mesmo previsto para sessão marcada para as 19 horas, há dúvidas sobre a existência de quorum para o julgamento.
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