MEDIÇÃO DE TERRA

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sexta-feira, 27 de maio de 2016

'Forbes': Justiça dos EUA vai julgar ação que pode custar R$ 360 bilhões à Petrobras


Matéria publicada nesta sexta-feira (27) na Forbes, conta que a Justiça dos Estados Unidos em Nova York decidiu dar prosseguimento à “class action lawsuit”, ação coletiva de acionistas da Petrobras que pode custar à estatal até US$ 98 bilhões, equivalentes a cerca de R$ 360 bilhões. A expectativa é que a ação vá a julgamento no dia 19 de setembro deste ano, no estado de Nova York, nos EUA.
Segundo a reportagem da Forbes, a ação conjunta se estende a 18 ex-executivos e 13 bancos de investimento, incluindo J. P. Morgan Securities, investidores dos EUA e Reino Unido. Os requerentes estão buscando dezenas de bilhões de dólares em perdas.
A empresa, salienta a Forbes,  é a peça central do que se tornou o crime do século do Brasil. O escândalo envolvendo fraude contratual, suborno e lavagem de dinheiro, recentemente derrubou a presidente em exercício e promete enredar boa parte da classe política do Brasil em investigações criminais.
"Estamos buscando várias dezenas de bilhões de dólares", diz o advogado Jeremy Lieberman de Pomerantz, o escritório de advocacia de Nova York conduzindo a ação contra a Petrobras.
"Não só estamos desafiando declarações das empresas sobre a forma como foram envolvidos neste esquema de propinas e inflado seus ativos, como estamos dizendo que a alegação da Petrobras que perdeu cerca de US $ 2,5 bilhões em fraudes é errada. É muito mais do que isso".
O texto da Forbes fala que Investir seu próprio capital é sempre um risco. Mas quando grandes investidores institucionais compram títulos lastreados em afirmações falsas ou enganosas, torna-se uma violação que chama a atenção do Securities Exchange Act dos Estados Unidos. Emitentes têm uma escolha: resolver fora dos tribunais, ou ir a julgamento.
As ações da Petrobras perderam 81% do seu valor nos últimos cinco anos, afirma artigo da Forbes. A empresa está com mais de US $ 130 bilhões em dívida, incluindo dívida contraída na aquisição de uma refinaria de petróleo em Pasadena, no Texas. A empresa aprovou o pagamento de mais de 9 vezes o valor de mercado do ativo.
A Forbes relata que o processo examina as perdas a partir de janeiro de 2010, o ano em que Dilma Rousseff tornou-se presidente. Dilma deixou o cargo de presidente do Conselho de Administração da Petrobras em março de 2010.
A crise da Petrobras, fala a Forbes, tem causado uma grande confusão na capital brasileira. Dilma enfrenta um processo de impeachment no Senado dentro dos próximos 180 dias. O Supremo Tribunal Federal está investigando se ela usou dinheiro da Petrobras para financiar sua campanha de reeleição em 2014.
Por razões legais, a votação pelo seu impeachment na Câmara dos Deputados em abril tinha tudo e nada a ver com a Petrobras. Por um lado, ela foi cassada por violar leis orçamentárias descritas na Constituição brasileira como um crime de responsabilidade fiscal. Por outro lado, um grupo de congressistas envolvidos no esquema Petrobras eram claramente a favor do impeachment para interferir nas investigações criminais do Supremo Tribunal Federal.
Na última semana, pelo menos duas figuras políticas, incluindo o líder do Senado, Renan Calheiros, tiveram suas conversas telefônicas gravadas e noticiadas pela grande mídia, revelando forte envolvimento com as  prisões ligadas ao caso da Petrobras.
Uma horda de bancos de investimento baseados em EUA também são listados como réus criminais. Eles são citados pela venda de títulos da Petrobras sem realizar a devida diligência em seu valor. Estes bancos são: Citigroup Global Markets; J.P. Morgan Securities; Itau EUA; Morgan Stanley; HSBC Securities EUA; Mitsubishi UFJ Securities EUA e e Scotia Capital EUA Eles negaram todas as reivindicações contra eles, diz a Forbes.

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