Um
dos únicos modelos que não sofreu queda em 2016, Corolla terá que
enfrentar rivais renovados como Nissan Sentra, Chevrolet Cruze e Honda
Civic
E as explicações são puramente racionais. Numa economia paralisada devido à restrição de crédito, aumento do desemprego e um cenário político digno de novela mexicana, uma grande parcela que teve acesso ao crédito nos últimos cinco anos, não tem mais o mesmo poder de compra, o que justifica a queda acentuada nos segmentos de entrada e compactos.
E no mesmo movimento descendente, o consumidor que almejava partir para o segmento premium, fez os cálculos e decidiu ficar na seara dos médios, em que há boa oferta de conteúdos, boa qualidade de acabamento e opções de motores com desempenho satisfatório.
Diante desse panorama, fabricantes iniciaram uma corrida de atualização de seu médios, que apesar de não garantir um grande volume de vendas, junto com as demais categorias ajudam a segurar e até mesmo ampliar a participação no mercado, como é o caso da Toyota.
Enquanto a Ford promoveu a renovação da versão sedã do Focus no segundo semestre de 2015, Honda, Chevrolet e Nissan deixaram para se mover este ano. O Sentra ganhou retoques visuais e reforço no conteúdo na última semana. Já o Cruze estreia sua nova geração nos próximos dias e a Honda se prepara para lançar o novíssimo Civic, que virou sensação nos EUA.
O que é que o corolla não tem?
O Corolla se tornou um dos automóveis mais desejados do mercado e sua boa fama já tem mais de 10 anos, mais precisamente desde o lançamento da segunda geração (nacional) em 2003. De lá para cá o sedã conservador da Toyota sempre orbitou no topo do ranking de vendas, vez ou outra superado pelo Civic. E neste ano, onde todo mundo perdeu mercado, o Corolla segue crescendo, timidamente, mas crescendo.
E a ofensiva de seus concorrentes para tentar abocanhar um pedaço do bolo do Toyota está justamente nas deficiências (que não quer dizer falhas) do modelo, como a ausência do controle de estabilidade (ESP), assim como preços mais agressivos nas versões topo de linha, pacotes de conteúdos mais fartos e opções de motores mais eficientes e potentes.
Raio-x
Hoje o Corolla oferece três versões, partindo de R$ 68.740 na versão GLi, equipada com motor 1.8 de 144 cv e transmissão manual de seis marchas, mas que pode ser combinado com transmissão automática do tipo CVT.
Já a versão topo de linha Altis, equipada com motor 2.0 de 153 cv e caixa CVT, tem preço sugerido de R$ 105.600 e conta com itens como sete bolsas infláveis, incluindo bolsa para o joelho do motorista, assim como bancos revestidos em couro, pacote de entretenimento que agrega central multimídia, com leitor de DVD, MP3, TV digital, viva voz Bluetooth, porta USB, navegador GPS e câmera de ré. Mas faltam equipamentos de segurança ativa com o controle de estabilidade (ESP) que tem sido apontada como uma das principais críticas ao sedã japonês.
Descubra abaixo o que os novos Nissan Sentra, Chevrolet Cruze e Honda Civic têm para oferecer e se serão capazes de fazer frente ao tsunami chamado Corolla.
Nissan Sentra (DE R$ 80 mil a R$ 95 mil)
Pontos positivos: Um dos destaques do Sentra, além da transmissão CVT de série para todas a linha é também o emprego de controle de estabilidade e tração para todas as versões. O Sentra ainda conta com sistema de monitoramento de colisão capaz de alertar o motorista sobre a proximidade do veículo à frente, além de identificar veículos em pontos cegos.
Ponto negativo:[/SUBT_10] O único problema do Sentra é o seu motor 1.8 de 140 cv, que é um dos mais fracos da categoria.
Chevrolet Cruze (A partir de 88 mil - estimado)
Pontos positivos: O uso de uma unidade turbo dará ao Cruze, além de melhor desempenho e performance, melhor eficiência, devido à maior oferta de torque em baixa rotação. O Cruze também terá bom pacote de conteúdo com sistema de assistência OnStar, assim como multimidia MyLink 2, com conexão de smartphones nos padrões Apple Car Play e Android Auto, além de ESP e alerta de colisão, como no Sentra.
Ponto negativo: O senão do Cruze é que ele deixa de ser nacional e passa a ser importado da Argentina, o que pode impactar nos preços devido às oscilações cambiais.
Honda civic (A partir de R$ 88 mil - estimado)
Pontos positivos: O Civic também motor turbo 1.5 de 176 cv e 22,4 mkgf de torque. A suspensão independente na traseira também será mantida e o porta-malas subiu para 530 litros. O pacote de conteúdo inclui câmeras 360° e opção quadro de instrumentos totalmente digital. As unidades 1.8 de 138 cv e 2.0 de 150cv deverão mantidas nas versões de entrada e intermediárias.
Ponto negativo: Devido à cesta de conteúdo, a versão com motor turbo deverá ultrapassar os R$ 110 mil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário