A desmoralização que se passa no Exército Brasileiro cresce
a cada dia. Chegou a níveis intoleráveis.Passou dos limites que um ser humano
normalconsegue suportar. Quem manda no EB hoje são os antigos terroristas quelutaram
com armas contra o Regime Militar , de 1964 a 1985 ,e depois foram anistiados ,mais tarde subindo ao poder
,enganando o povonuma debilitada democracia.
Os militares foram respeitados por todos os governos que se
seguiram após eles deixarem o poder, espontaneamente ,em 1985. Esse respeito durou até 2003,quando
finalmente o Partido dos Trabalhadores-PT conseguiu eleger presidente da
república o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, que já havia concorrido
antes, sem sucesso. A partir daí começou a era dodesprestígio das Forças
Armadas,que paulatinamente foram marginalizadas e mesmo desmoralizadas,no que
contaram com alguma ajuda interna de alguns dos seus próprios membros, que logo foram requisitados ao natural para preencher os mais importantes comandos da
corporação militar.
Nos 12 anos dos seus governos ,o PT começou um trabalho
progressivo de muita paciência, quase “oriental”, sempre contando com os melhores aliados que poderia ter,inclusive
dentro da caserna, mais precisamente,além dos seus simpatizantes que ali se dispunham a ajudar, a DISCIPLINA, os
REGULAMENTOS e ,fundamentalmente,o ilimitado respeito nutrido pelos militares
ao princípio da HIERARQUIA. O militar
não sabe nem nunca soube dizer NÃO ao seu superior. Ora, desde o momento em que
os “cupinchas” fardadosforam os escolhidos para os comandos militares, e devido a esta inflexível subordinação
hierárquica,é evidente que o domínio da tropa ficou consolidado. Isso significa
reforçar o fato de que os antigos terroristas que ontem eram os“caçados”,hoje
são os “caçadores”. Caça ecaçador inverteram as suas respectivas posições,pois.
Em um descarado “revide”aos militares de 64,os
“Petralhas& Cia” espalharam por todos os cantos as tais “comissões-da-verdade”,que
não passam da nova versão dos “tribunais-da-inquisição” da Idade Média,
malgrado as disposições da Lei da Anistia abrangendo os dois lados do conflito
armado da época. O Coronel Brilhante Ustra foitalvez a maior vítima dessa
patifaria,o qual acabou morrendo de desgosto recentemente e
não teve nenhum gesto de solidariedade dos comandos da corporação que
serviu com tanta dignidade, fidelidade e
honradez durante uma vida inteira: o
Exército Brasileiro. A única homenagem militar(póstuma) que tevefoi no Rio
Grande do Sul, onde nasceu, e custou a cabeça do Comandante Militar do
Sul,General Mourão,que foi afastado do comando que exercia.
Sem dúvida a hierarquia é necessária na convivência humana.
No meio militar também. E principalmente. Mas ela tem um limite. Quando o seu
preço é a vida , a própria honra, ou qualquer outro valor superior, ela não
pode nem deve ser respeitada. Nessas condições, a “rebelião” fica legitimada, a
fim deafastá-la para que se estabeleça uma nova ordem e um novo
“estado-de-direito”.
Até agora “matamos a cobra”. Resta “mostrar-o-pau” (que
matou a cobra, claro).
Há poucos dias o Comandante do Exército disse -após exonerar
o General Mourão do Comando Militar do
Sul - que o efetivo do Exército seria diminuído. Diminuído? Mas como seexplica
então o aumento do número de generais feito agora (anexo do Decreto 8.399/15) ? Não
seria uma contradição?
Os saites que tratam dos assuntos militares noticiaram nos
últimos dias que as vagas para generaisdo EB passaram a ser de 152,para um
total de 219.639 militares ,entre oficiais e praças. Em 2009 eram 137 generais ,para
um total de 222.151. Significa dizer que o número de generais está aumentando e
o total de militares diminuindo. Qual o propósito que o Governo tem em vista?
A matériafoi enriquecida com a informação que o EB passa a
ter 1 general para cada grupo de 1.400
militares, enquanto o exército israelense possui 1 general para cada 9.000,lembrando
que Israel está permanentemente em conflitos armados, o que não acontece com o
Brasil. Outra informação interessante é que o EB pegou alguns vícios do exército português,onde nada
funciona bem..
A intenção governamental seria nivelar as Forças Armadasdo
Brasil com as repartições públicas em geral, onde nada funciona bem e têm mais chefes que
funcionários? Será que o Governo pensa que osgenerais deveriam ser como os seus
ministros ? Teriaque haver um batalhão de ministros e outro de generais ?
A enorme vantagem que
o Governo tem é que ele está conseguindo a maioria dos generais que precisa no
“canetaço”, não ouvindo quem quer que seja, muito menos a “velha guarda” desses
oficiais, alguns dos quais ainda “falando grosso”, mas só para as paredes.
Além do mais infelizmente não tem surtido qualquer efeito a
convocaçãoque a sociedade brasileira
está fazendo às suas FFAA para que façam uso da prerrogativa contida no
artigo 142 da Constituição,em nome e representação do PODER INSTITUINTE DO POVO BRASILEIRO. Enquanto issoo Poder
Executivo faz “gato-e-sapato” das “suas” FFAA, usando o
art.142 da CF para que elas intervenham até em briga de bordel. E não é esse o
sentidoque se deve emprestar ao citado dispositivo constitucional.
É preciso ter em mente que um preceito constitucionalestá
acima de qualquer outra lei, decreto, ou poder hierárquico das organizações políticas
,administrativas ou mesmo militares. Se a Constituição autorizaa INTERVENÇÃO
MILITAR em nome da sociedade, não há lei , regulamento, ou ordem superior com
força bastante para impedir. Nesses casos, a “rebelião” é CONSTITUCIONAL.
E o que se precisa no Brasilde hoje é justamente uma REBELIÃO ,contra o Três
Poderes, mesmo que necessário o emprego
de violência, que ainda seria bem menor que a violência sofrida pela sociedade
brasileira durante esses últimos anos.
Sérgio Alves de Oliveira/Sociólogo e Advogado
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