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A ONU promoveu exame das políticas de proteção à criança
no Brasil e aproveitou para intrometer-se na administração da Nação e dar ordens
peremptórias
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Gregorio Vivanco
Lopes
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A ONU é
sabidamente uma organização inútil; e vai se tornando cada vez mais perniciosa.
Sempre a serviço das esquerdas.
Há pouco resolveu
intrometer-se na vida dos brasileiros e ditar normas como se fosse um templo de
semideuses, que tudo sabem e querem ser obedecidos.
“Nos
preocupamos com o que estamos vendo no Brasil”, declarou Hynd Ayoubi Idrissi, relatora do exame
brasileiro e perita do Comitê do Direito da Criança da ONU (“O Estado de S.
Paulo”, 21-9-15, Jamil Chade correspondente).
O que levou essa
senhora marroquina a de repente “preocupar-se” com o Brasil? O que entende ela
de brasilidade?
“Crianças” de 17 anos, 11 meses e 29
dias...
A preocupação da
Sra. Ayoubi é com o projeto de lei que incrimina aqueles menores de 18 anos que
matam, roubam, estupram, invadem etc. Quer salvá-los a todo custo, pois os
considera ainda na fase da infância. “A definição de infância fala em 18
anos. Mas estamos preocupados com a proposta de rever para baixo a idade de
maioridade penal”, diz ela.
Contudo, ainda que
esse projeto não venha a ser aprovado, a “preocupação” da Sra. Ayoubi não cessa.
Teme ela que, nesse caso, seja aumentado o tempo de internação dos menores
infratores. E um período maior de internação faria mal às “crianças”!
A funcionária da
ONU condena, pois, a hipótese “de deixar a idade em 18 anos, mas prolongar
as internações [...] Isso representa reduzir a proteção aos menores e
não dá uma solução à violência. Apenas a repressão não é a resposta, mas sim a
prevenção”.
Ora, não se trata
de reduzir a proteção aos menores, isso é um sofisma. Trata-se, isto sim, de
penalizar adequadamente quem comete crimes e é responsável pelo que faz. Tão
responsável, que já aos 16 anos é considerado com suficiente clarividência para
poder votar, discernir os rumos mais adequados para a Nação e escolher seus mais
altos dirigentes. Os menores precisam ser protegidos, sim, mas não os
criminosos.
Quanto à afirmação
de que tornar punível o menor de 18 anos “não dá uma solução à
violência”, é outro sofisma. É claro que não se resolve só com isso o
problema da criminalidade. Como também não se soluciona a violência com punir os
maiores de 18 anos! Isso significa que ninguém deve ser punido e que todos os
bandidos devem ficar soltos?
A esse respeito é
muita lúcida a observação do Juiz de Direito, Dr. Alexandre Semedo de Oliveira:
“O argumento do ‘não resolve’, pura e
simplesmente, não se aplica à discussão. Pois, ao menos até onde eu saiba, ninguém defende
a redução da maioridade penal para ‘resolver’ o problema da delinquência entre
nossos jovens. Ao contrário, defende-se tal redução porque punir adolescentes pelos atos
bárbaros que cometem é um imperativo da justiça, que teria ainda, como efeito
colateral desejável, uma redução no índice de criminalidade entre os
adolescentes.” (https://veritasquae.wordpress.com/2015/05/25/a-reducao-da-menoridade-penal-e-o-argumento-do-nao-resolve/)
De outro lado, não
vemos por que escolher entre prevenção e repressão, como faz a representante da
ONU. Utilizem-se as duas. Aliás, uma prevenção que consistisse em ensinar às
crianças e aos adolescentes a moral católica, poderia dar frutos excelentes.
Porém, disso não cogita a Sra. Ayoubi.
Mas a marroquina
parece habituada a mandar. Pois sentencia, em tom imperativo: “Queremos
saber o que o Brasil vai fazer em relação a essa proposta. Sabemos que existem
pressões. Mas queremos que a idade de maioridade penal seja mantida em 18
anos.”
Incomodada com o
conservadorismo
Para a Sra.
Ayoubi, o que se vê no Brasil nos últimos anos é “o fortalecimento de
tendências muito conservadoras entre as forças políticas. Isso pode ameaçar os
avanços realizados na proteção da criança nos últimos anos”.
Tal apreciação
mais parece um bestialógico do que outra coisa. Que há uma tendência
conservadora entre os políticos, como decorrência de um considerável aumento do
conservadorismo na opinião pública, é de toda evidência. Mas concluir daí que
isso ameaça a proteção da criança, é totalmente disparatado. São as famílias
conservadoras as que mais protegem seus filhos. A menos que essa senhora
marroquina ache (estamos em pleno campo do “achismo”) que proteger a criança é
dar-lhe liberdade para cometer crimes e sugestioná-la a aceitar aberrações como
a Ideologia de Gênero, a depravação sexual e quejandos.
A diminuição do
número mastodôntico de ministérios no Brasil — eram nada menos do que 39, cada
um com seus departamentos, suas secretarias e seus gastos — seria um meio de
diminuir as despesas de um Estado que o PT tornou combalido, e de favorecer um
necessário ajuste fiscal. Mas a Sra. Ayoubi não quer essa diminuição. Ela está
“preocupada” com o “setor social”: “Temos uma preocupação com o que ocorre
dentro do estado brasileiro, no que se refere a propostas de que departamentos e
secretarias seriam eliminados [...] Estamos cada vez mais preocupados
com os ajustes no orçamento e o impacto que ele possa ter no setor social, de
saúde e de educação”.
Por
detrás da ONU, o PT?
É tão estapafúrdia
essa intromissão da ONU em assuntos brasileiros que causa desconfiança. Tanto
mais que as posições da marroquina são consonantes com as do PT. Cabe a hipótese
de que teria sido o governo do PT que pediu à ONU tais pronunciamentos, a fim de
ver reforçadas suas posições esquerdistas no Brasil.
A favor dessa
hipótese vemos que a “mão” do PT aparece claramente no assunto. Essas injunções
da Sra. Ayoubi foram feitas porque a ONU “iniciou o exame das políticas de
proteção à criança no País”. Ora, “o governo brasileiro, durante o
exame, garantiu que vai lutar contra [a redução da maioridade penal] no
Congresso. ‘O Brasil enfrenta uma grande ameaça e é um risco que está no
Congresso Nacional’, concordou Rodrigo Torres, diretor do Departamento de
Políticas Temáticas dos Direitos da Criança. ‘O governo entende que a maioridade
não pode ser alterada e, por isso, deve ser mantida’”, disse Torres de modo
redundante.
Ademais, o governo
petista esteve fartamente representado durante o tal exame. “Além de
diplomatas, a delegação brasileira contou com representantes de diversos
ministérios e até com a participação de Eduardo Suplicy, secretário de Direitos
Humanos do Município de São Paulo”. O que faz aí um secretário municipal,
derrotado nas últimas eleições? Só parece explicar-se pelo fato de o Sr. Eduardo
Suplicy ser um petista roxo.
Seja como for, a
equação “inutilidade da ONU+esperteza do PT=desastre para o
Brasil”, parece ser a mais verossímil nisso tudo.
(*) Gregorio
Vivanco Lopes é advogado e colaborador da ABIM
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domingo, 27 de dezembro de 2015
As injunções da Sra. Ayoubi
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