Um dos coordenadores do MST diz que sem-terra irão permanecer no local.
Filho do ex-parlamentar conta que família 'já tomou as medidas legais'.
Integrantes do MST nas terras do ex-deputado Pedro Corrêa (Foto: Divulgação/ MST)
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
ocuparam a fazenda do ex-deputado federal Pedro Corrêa neste domingo
(27). A propriedade está localizada em Fazenda Nova, distrito de Brejo
da Madre de Deus, Agreste de Pernambuco. De acordo com um dos
coordenadores do movimento, José Aglailson, de 42 anos, "há pouco mais
de 100 famílias no local". O ex-parlamentar foi condenado pelo mensalão e
é alvo da Operação Lava Jato.O G1 entrou em contato com Fábio Corrêa Neto, filho do ex-deputado. Ele informou que a família já tomou as medidas legais para pedir a reintegração de posse do local. "A fazenda é de nossa propriedade há mais de 50 anos. É uma terra produtiva e unca teve invasão, nem ameaça de invasão. E eu fico preocupado com a integridade física da minha família. Quem pode fazer isso, pode fazer tudo", disse Fábio.
José Aglailson contou ao G1 que os integrantes do MST decidiram ocupar a propriedade devido às denúncias de corrupção em torno do ex-parlamentar. "Não é um apoio ao governo federal. Não tem nada a ver. Ele é uma pessoa que está presa sob denúncia de corrupção. Onde houver fazendas dessas pessoas que estão envolvidas com corrupção, o MST do estado de Pernambuco tem um encaminhamento para ocupar todas", informou.
O outro coordenador estadual do MST, Francisco Terto, disse que a movimentação deste domingo foi a primeira da retomada das atividades do movimento. "Nós estamos num momento de retomada na luta de terra e achamos a terra de Pedro [Corrêa] um lugar emblemático por causa da situação atual do nosso país. A ideia é chamar atenção pelo mote da reforma agrária", ressaltou.
Pedro Corrêa está na penitenciária do Paraná (Foto:
Reprodução/RPC)
Mensalão e Lava-JatoReprodução/RPC)
O ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE) recebeu um mandado de prisão pela 11ª fase da Operação Lava Jato em abril deste ano. Na época ele estava no Centro de Ressocialização do Agreste, em Canhotinho, Agreste de Pernambuco, onde cumpria pena em regime semiaberto por condenação no processo do mensalão.
No mesmo mês, o ex-parlamentar foi transferido para a penitenciária de Curitiba, no Paraná. Ele responde pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Nas investigações sobre o esquema de corrupção na Petrobras, ele teve o nome citado pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, como recebedor de propina de R$ 5,3 milhões.
No ano de 2012 Pedro Corrêa foi condenado a 7 anos e 2 meses de prisão no processo do mensalão por ter recebido dinheiro em troca de apoio político no Congresso ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário