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Chuvas acima da média nos estados do Sul e partes do Sudeste e Centro-Oeste, e o agravamento da seca no Norte e Nordeste. Esse é o prognóstico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para a primavera, que começou no dia 23 de setembro influenciada pelo El Niño. O fenômeno, que deixa a temperatura acima do normal em diversas regiões do planeta, pode ter reflexos na agricultura.
A primavera é a estação em que os agricultores colhem as lavouras de inverno na Região Sul, além de realizar o preparo e o plantio das culturas de verão. Nesta estação, eles também fazem o preparo e o plantio das culturas de verão. Precipitações acima da média no Sul podem provocar perdas na produtividade e na qualidade das lavouras de inverno.
O El Niño deste ano ainda não pode ser considerado severo, segundo a meteorologista Danielle Barros Ferreira, da Coordenação de Desenvolvimento e Pesquisa do Inmet. Ela ressalta que é preciso aguardar a evolução da anomalia positiva da temperatura das águas do Oceano Pacífico nos próximos dois meses.
"Atualmente, este El Niño está classificado como moderado, porém as projeções até novembro indicam uma probabilidade de atingir o máximo no verão, enfraquecendo gradualmente até meados do outono de 2016", explica a meteorologista.
Alguns reflexos foram notados nos três últimos meses (junho, julho e agosto), como chuvas predominantemente abaixo da média histórica na Região Norte e em parte do Nordeste e acima da média no Sul do Brasil.
Os fenômenos considerados mais fortes dos últimos 60 anos ocorreram nos anos de 1972-1973, 1982-1983 e 1997-1998.
Os distritos meteorológicos do Inmet, vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), trocam informações e emitem alertas para que os agricultores se preparem para possíveis tempestades que possam afetar a produção agrícola.
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