Assessores presidenciais avaliam que o ministro Joaquim Levy
(Fazenda) “está esticando a corda” ao insistir em críticas públicas à
“ambiguidade” do governo na área fiscal e na defesa de mais cortes. No
Planalto, o temor de alguns é que Levy acabe comprometendo sua
permanência. Nas palavras de um interlocutor da presidente, ele pode se
“inviabilizar” e sair no pior momento tanto para o governo como para
ele, ficando com a imagem de derrotado.
Apesar de reconhecerem que as avaliações de Levy têm procedência, auxiliares dizem que ele erra em ficar só batendo na tecla do ajuste e que deveria estar buscando melhorar o clima da economia para a volta do investimento.
Nesta segunda (28), causou desconforto a entrevista de Levy ao jornal “Valor”, na qual defendeu mais cortes e criticou o envio ao Congresso da proposta de Orçamento de 2016 com deficit, que levou à perda do grau de investimento por parte da agência de risco Standard & Poor’s
Um auxiliar disse que Dilma reconheceu que Levy estava correto na defesa de mais cortes ao lançar a segunda fase do ajuste, mas que ele deveria estar empenhado em ajudar a aprová-lo e não ficar fazendo críticas ao governo.
COMPLACÊNCIA
“Tinha gente que achava que o ‘downgrade’ estava no preço e que, portanto, podíamos ser complacentes”, disse o ministro na entrevista.
Interlocutores de Levy negam que sua intenção seja sair do governo. Seu objetivo, dizem, seria acelerar a aprovação do ajuste e ele não estaria falando só ao governo, mas principalmente para a sociedade, porque é um “problema real” que afeta a todos.
Insistir na importância do ajuste, segundo Levy disse a interlocutores, é papel de ministro da Fazenda e ele não vê isso como extrapolar suas funções.
Apesar de reconhecerem que as avaliações de Levy têm procedência, auxiliares dizem que ele erra em ficar só batendo na tecla do ajuste e que deveria estar buscando melhorar o clima da economia para a volta do investimento.
Nesta segunda (28), causou desconforto a entrevista de Levy ao jornal “Valor”, na qual defendeu mais cortes e criticou o envio ao Congresso da proposta de Orçamento de 2016 com deficit, que levou à perda do grau de investimento por parte da agência de risco Standard & Poor’s
Um auxiliar disse que Dilma reconheceu que Levy estava correto na defesa de mais cortes ao lançar a segunda fase do ajuste, mas que ele deveria estar empenhado em ajudar a aprová-lo e não ficar fazendo críticas ao governo.
COMPLACÊNCIA
“Tinha gente que achava que o ‘downgrade’ estava no preço e que, portanto, podíamos ser complacentes”, disse o ministro na entrevista.
Interlocutores de Levy negam que sua intenção seja sair do governo. Seu objetivo, dizem, seria acelerar a aprovação do ajuste e ele não estaria falando só ao governo, mas principalmente para a sociedade, porque é um “problema real” que afeta a todos.
Insistir na importância do ajuste, segundo Levy disse a interlocutores, é papel de ministro da Fazenda e ele não vê isso como extrapolar suas funções.
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