Decisões judiciais fixam multa de R$ 1 mil a R$ 50 mil por descumprimento.
Caminhoneiros protestam contra valor dos fretes e preço do combustível.
Pelas decisões, os caminhoneiros e entidades de trabalhadores rodoviários estão impedidos de bloquear a circulação de pessoas em todas as rodovias de Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Ceará e em 14 municípios de outros cinco estados – Paraná, Goiás, Tocantins, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Os juízes fixaram multas que variam de R$ 1 mil a R$ 50 mil para cada hora que os manifestantes se recusarem a liberar as pistas. Nas ações, a AGU argumentou que os bloqueios aumentam os riscos de acidentes e ameaçam a segurança de todos que precisam utilizar as rodovias.
Os advogados públicos citam ainda a possibilidade de haver de prejuízos econômicos, já que as cargas, algumas perecíveis ou perigosas, estão impedidas de chegar ao destino.
Os principais motivos dos protestos dos caminhoneiros são o alto custo do combustível e o valor pago pelos fretes. Até as 20h desta quarta, ao menos seis estados registravam atos: Ceará, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Os protestos
Em Minas Gerais, o dia começou com bloqueios em nove pontos, mas o cumprimento de uma decisão judicial fez com que os trechos fossem reabertos ao tráfego e, às 10h, não havia mais interdição, segundo a Polícia Rodoviária Federal.
No entanto, a PRF informou que após a confirmação de liberação de todas as rodovias federais no estado, outros dois bloqueios foram registrados: na BR-116, no km 374, em Frei Inocêncio, e na BR-365, no km 637, em Uberlândia. Eles foram liberados às 11h45 e 11h15, respectivamente. Ainda há dois bloqueios em uma rodovia estadual.
No Pará, houve interdição nesta manhã em trecho da rodovia estadual PA-483, a Alça Viária, na altura do município de Marituba. Ele foi liberado, mas manifestantes prometem fechá-lo novamente. Em SP, a Anchieta foi fechada pelos manifestantes por 30 minutos.
No interior de São Paulo, cerca de 100 caminhoneiros protestaram na tarde desta quarta às margens da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), próximo a Angatuba, e em um posto de combustíveis que fica na estrada. A via não ficou interditada. Já na cidade de Assis, os manifestantes interditaram uma das faixas dos dois sentidos da Rodovia Raposo Tavares durante a manhã e o trecho foi no fim da tarde, após 8 horas de bloqueio.
Também no interior paulista, caminhoneiros que protestaram na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294) em dois trechos, um em Pacaembu e um em Parapuã, liberaram a via por volta das 17h30.
Na Bahia, os dois trechos da BR-242 e o trecho da BR-020 em Luís Eduardo Magalhães foram liberados no começo da tarde desta quarta. Já a Via Expressa, ligação da BR-324 ao Porto de Salvador, foi liberada de forma pacífica no final desta tarde.
Em Goiás, caminhoneiros liberam o tráfego na BR-153 após 12h de protesto. Já em Mato Grosso do Sul, após um dia inteiro de interdição, os trechos das rodovias foram liberados no início da noite.
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