por
Matheus Fortes
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Com o fim do Carnaval, tem início o
período de Quaresma, e com ele, mais uma leva de produtos chegam aos
supermercados preparando terreno para a Páscoa, e seus respectivos
atrativos culinários, a exemplo dos frutos do mar na Sexta-Feira da
Paixão, e do ovo de chocolate.
Porém, o consumidor já deve preparar o bolso, pois os produtos importados que componham a ceia pascoal deverão aportar nas redes do varejo, com valores maiores por conta da variação do dólar. Em três meses, a moeda americana aumentou 13%, saindo de R$ 2,50 para R$ 2,88, nesta semana.
Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) aponta que os produtos importados da Páscoa estão chegando ao país, com um aumento médio de 10,9%, em relação ao mesmo período de 2014. Entre estes estão o azeite (que registrou aumento de 7%), cervejas (9,1%), o bacalhau (7%), e os vinhos (8,7%).
“Apesar de as vendas dos supermercados como um todo ainda estarem positivas, a percepção de um ano difícil com crescimento nulo e inflação alta, aliada aos juros mais altos e corte de despesas do governo, acaba afetando as expectativas do setor. Mas ainda assim, trabalhamos com a perspectiva de crescimento nas vendas do ano”, afirmou o presidente do conselho consultivo da entidade, Sussumu Honda, em relação ao aumento que também atinge os produtos nacionais.
O preço mais caro já começa a preocupar os consumidores e, mesmo que grande parte deles só irá mobilizar-se nas próximas semanas, há outros, como a dona de casa Berenice Galvão, que decidiu fazer as compras mais cedo, e já percebe que o aumento de preço nos itens da ceia.
“Hoje mesmo, já vi que os preços não estão muito atraentes. Sobretudo para o azeite, e os vinhos, principalmente”, comentou ela, acrescentado que os frutos do mar só entrarão para o carrinho, posteriormente, quando for ao mercado popular, em Água de Meninos.
Já a aposentada Roseane Silva não percebeu uma diferença muito grande. “Toda a Páscoa sempre tem preços elevados. Quando falta apenas uma semana, os preços ficam mais elevados ainda, e na concorrência também. Acho que o melhor a se fazer é realmente se antecipar, e comprar a maior parte dos produtos antes, como é o caso dos peixes, do vinho. Eu já programei dois dias na próxima semana para fazer isso”, argumenta ela, explicando que, a antecipação passou a ser uma ferramenta que lhe garantiu economizar e evitar a dor de cabeça dos estabelecimentos muito cheios, e de poucas opções.
Mercado local
Na Bahia, a oferta pode variar de acordo com o estabelecimento. O consultor de varejo da Associação Bahiana de Supermercados (Abase), Rogério Machado, explica que os preços dependerão do tempo e dos contratos que as redes varejistas têm com seus fornecedores.
“Há redes atuantes no estado que têm contratos de longo prazo, que já fizeram aquisições antecipadas, há vários meses, e que não devem ter uma variação tão grande de preço. Porém, aqueles que deixaram para repor o estoque agora, certamente pagarão mais, com um aumento que pode chegar a 20%”, afirma ele, explicando que as transições com os fornecedores dos itens importados são feitas em dólar, por isso a variação no câmbio influencia diretamente no preço.
Para contornar as dificuldades financeiras sem sacrificar a ceia, o consultor da Abase recomenda que o consumidor substitua alguns alimentos como o bacalhau e o vinho importado, por produtos nacionais.
“Há peixes salgados, como o linguado, cação, dourado, que podem substituir o bacalhau, que estão em preços bem acessíveis, assim como há vinhos nacionais de qualidade que podem substituir a bebida importada”, recomendou.
Trigo e grãos
Além dos produtos importados, os derivados do trigo também podem sofrer um aumento, já que o cereal – ingrediente de base para a produção de pão, macarrão, além da farinha de trigo – também é importado de outros países. O aumento médio nos preços, segundo Machado, não pode ser calculado, pois cada rede de varejo tem seu modo específico de trabalho para decidir quanto será repassado ao consumidor final.
Já os grãos – como arroz, feijão, soja, milho e ervilha – deverão trilhar um caminho inverso, com baixa nos preços, por conta de uma super-safra de produção recentemente, e também da dificuldade que o Brasil está tendo para exportar commodities agrícolas, por conta do quadro de recessão mundial, e a conseqüente desvalorização das mercadorias. Fator que leva os produtores a vender mais ao mercado interno.
Porém, o consumidor já deve preparar o bolso, pois os produtos importados que componham a ceia pascoal deverão aportar nas redes do varejo, com valores maiores por conta da variação do dólar. Em três meses, a moeda americana aumentou 13%, saindo de R$ 2,50 para R$ 2,88, nesta semana.
Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) aponta que os produtos importados da Páscoa estão chegando ao país, com um aumento médio de 10,9%, em relação ao mesmo período de 2014. Entre estes estão o azeite (que registrou aumento de 7%), cervejas (9,1%), o bacalhau (7%), e os vinhos (8,7%).
“Apesar de as vendas dos supermercados como um todo ainda estarem positivas, a percepção de um ano difícil com crescimento nulo e inflação alta, aliada aos juros mais altos e corte de despesas do governo, acaba afetando as expectativas do setor. Mas ainda assim, trabalhamos com a perspectiva de crescimento nas vendas do ano”, afirmou o presidente do conselho consultivo da entidade, Sussumu Honda, em relação ao aumento que também atinge os produtos nacionais.
O preço mais caro já começa a preocupar os consumidores e, mesmo que grande parte deles só irá mobilizar-se nas próximas semanas, há outros, como a dona de casa Berenice Galvão, que decidiu fazer as compras mais cedo, e já percebe que o aumento de preço nos itens da ceia.
“Hoje mesmo, já vi que os preços não estão muito atraentes. Sobretudo para o azeite, e os vinhos, principalmente”, comentou ela, acrescentado que os frutos do mar só entrarão para o carrinho, posteriormente, quando for ao mercado popular, em Água de Meninos.
Já a aposentada Roseane Silva não percebeu uma diferença muito grande. “Toda a Páscoa sempre tem preços elevados. Quando falta apenas uma semana, os preços ficam mais elevados ainda, e na concorrência também. Acho que o melhor a se fazer é realmente se antecipar, e comprar a maior parte dos produtos antes, como é o caso dos peixes, do vinho. Eu já programei dois dias na próxima semana para fazer isso”, argumenta ela, explicando que, a antecipação passou a ser uma ferramenta que lhe garantiu economizar e evitar a dor de cabeça dos estabelecimentos muito cheios, e de poucas opções.
Mercado local
Na Bahia, a oferta pode variar de acordo com o estabelecimento. O consultor de varejo da Associação Bahiana de Supermercados (Abase), Rogério Machado, explica que os preços dependerão do tempo e dos contratos que as redes varejistas têm com seus fornecedores.
“Há redes atuantes no estado que têm contratos de longo prazo, que já fizeram aquisições antecipadas, há vários meses, e que não devem ter uma variação tão grande de preço. Porém, aqueles que deixaram para repor o estoque agora, certamente pagarão mais, com um aumento que pode chegar a 20%”, afirma ele, explicando que as transições com os fornecedores dos itens importados são feitas em dólar, por isso a variação no câmbio influencia diretamente no preço.
Para contornar as dificuldades financeiras sem sacrificar a ceia, o consultor da Abase recomenda que o consumidor substitua alguns alimentos como o bacalhau e o vinho importado, por produtos nacionais.
“Há peixes salgados, como o linguado, cação, dourado, que podem substituir o bacalhau, que estão em preços bem acessíveis, assim como há vinhos nacionais de qualidade que podem substituir a bebida importada”, recomendou.
Trigo e grãos
Além dos produtos importados, os derivados do trigo também podem sofrer um aumento, já que o cereal – ingrediente de base para a produção de pão, macarrão, além da farinha de trigo – também é importado de outros países. O aumento médio nos preços, segundo Machado, não pode ser calculado, pois cada rede de varejo tem seu modo específico de trabalho para decidir quanto será repassado ao consumidor final.
Já os grãos – como arroz, feijão, soja, milho e ervilha – deverão trilhar um caminho inverso, com baixa nos preços, por conta de uma super-safra de produção recentemente, e também da dificuldade que o Brasil está tendo para exportar commodities agrícolas, por conta do quadro de recessão mundial, e a conseqüente desvalorização das mercadorias. Fator que leva os produtores a vender mais ao mercado interno.
por
Matheus Fortes
Publicada em 28/02/2015 07:54:38
Com o fim do Carnaval, tem início o
período de Quaresma, e com ele, mais uma leva de produtos chegam aos
supermercados preparando terreno para a Páscoa, e seus respectivos
atrativos culinários, a exemplo dos frutos do mar na Sexta-Feira da
Paixão, e do ovo de chocolate.
Porém, o consumidor já deve preparar o bolso, pois os produtos importados que componham a ceia pascoal deverão aportar nas redes do varejo, com valores maiores por conta da variação do dólar. Em três meses, a moeda americana aumentou 13%, saindo de R$ 2,50 para R$ 2,88, nesta semana.
Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) aponta que os produtos importados da Páscoa estão chegando ao país, com um aumento médio de 10,9%, em relação ao mesmo período de 2014. Entre estes estão o azeite (que registrou aumento de 7%), cervejas (9,1%), o bacalhau (7%), e os vinhos (8,7%).
“Apesar de as vendas dos supermercados como um todo ainda estarem positivas, a percepção de um ano difícil com crescimento nulo e inflação alta, aliada aos juros mais altos e corte de despesas do governo, acaba afetando as expectativas do setor. Mas ainda assim, trabalhamos com a perspectiva de crescimento nas vendas do ano”, afirmou o presidente do conselho consultivo da entidade, Sussumu Honda, em relação ao aumento que também atinge os produtos nacionais.
O preço mais caro já começa a preocupar os consumidores e, mesmo que grande parte deles só irá mobilizar-se nas próximas semanas, há outros, como a dona de casa Berenice Galvão, que decidiu fazer as compras mais cedo, e já percebe que o aumento de preço nos itens da ceia.
“Hoje mesmo, já vi que os preços não estão muito atraentes. Sobretudo para o azeite, e os vinhos, principalmente”, comentou ela, acrescentado que os frutos do mar só entrarão para o carrinho, posteriormente, quando for ao mercado popular, em Água de Meninos.
Já a aposentada Roseane Silva não percebeu uma diferença muito grande. “Toda a Páscoa sempre tem preços elevados. Quando falta apenas uma semana, os preços ficam mais elevados ainda, e na concorrência também. Acho que o melhor a se fazer é realmente se antecipar, e comprar a maior parte dos produtos antes, como é o caso dos peixes, do vinho. Eu já programei dois dias na próxima semana para fazer isso”, argumenta ela, explicando que, a antecipação passou a ser uma ferramenta que lhe garantiu economizar e evitar a dor de cabeça dos estabelecimentos muito cheios, e de poucas opções.
Mercado local
Na Bahia, a oferta pode variar de acordo com o estabelecimento. O consultor de varejo da Associação Bahiana de Supermercados (Abase), Rogério Machado, explica que os preços dependerão do tempo e dos contratos que as redes varejistas têm com seus fornecedores.
“Há redes atuantes no estado que têm contratos de longo prazo, que já fizeram aquisições antecipadas, há vários meses, e que não devem ter uma variação tão grande de preço. Porém, aqueles que deixaram para repor o estoque agora, certamente pagarão mais, com um aumento que pode chegar a 20%”, afirma ele, explicando que as transições com os fornecedores dos itens importados são feitas em dólar, por isso a variação no câmbio influencia diretamente no preço.
Para contornar as dificuldades financeiras sem sacrificar a ceia, o consultor da Abase recomenda que o consumidor substitua alguns alimentos como o bacalhau e o vinho importado, por produtos nacionais.
“Há peixes salgados, como o linguado, cação, dourado, que podem substituir o bacalhau, que estão em preços bem acessíveis, assim como há vinhos nacionais de qualidade que podem substituir a bebida importada”, recomendou.
Trigo e grãos
Além dos produtos importados, os derivados do trigo também podem sofrer um aumento, já que o cereal – ingrediente de base para a produção de pão, macarrão, além da farinha de trigo – também é importado de outros países. O aumento médio nos preços, segundo Machado, não pode ser calculado, pois cada rede de varejo tem seu modo específico de trabalho para decidir quanto será repassado ao consumidor final.
Já os grãos – como arroz, feijão, soja, milho e ervilha – deverão trilhar um caminho inverso, com baixa nos preços, por conta de uma super-safra de produção recentemente, e também da dificuldade que o Brasil está tendo para exportar commodities agrícolas, por conta do quadro de recessão mundial, e a conseqüente desvalorização das mercadorias. Fator que leva os produtores a vender mais ao mercado interno.
Porém, o consumidor já deve preparar o bolso, pois os produtos importados que componham a ceia pascoal deverão aportar nas redes do varejo, com valores maiores por conta da variação do dólar. Em três meses, a moeda americana aumentou 13%, saindo de R$ 2,50 para R$ 2,88, nesta semana.
Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) aponta que os produtos importados da Páscoa estão chegando ao país, com um aumento médio de 10,9%, em relação ao mesmo período de 2014. Entre estes estão o azeite (que registrou aumento de 7%), cervejas (9,1%), o bacalhau (7%), e os vinhos (8,7%).
“Apesar de as vendas dos supermercados como um todo ainda estarem positivas, a percepção de um ano difícil com crescimento nulo e inflação alta, aliada aos juros mais altos e corte de despesas do governo, acaba afetando as expectativas do setor. Mas ainda assim, trabalhamos com a perspectiva de crescimento nas vendas do ano”, afirmou o presidente do conselho consultivo da entidade, Sussumu Honda, em relação ao aumento que também atinge os produtos nacionais.
O preço mais caro já começa a preocupar os consumidores e, mesmo que grande parte deles só irá mobilizar-se nas próximas semanas, há outros, como a dona de casa Berenice Galvão, que decidiu fazer as compras mais cedo, e já percebe que o aumento de preço nos itens da ceia.
“Hoje mesmo, já vi que os preços não estão muito atraentes. Sobretudo para o azeite, e os vinhos, principalmente”, comentou ela, acrescentado que os frutos do mar só entrarão para o carrinho, posteriormente, quando for ao mercado popular, em Água de Meninos.
Já a aposentada Roseane Silva não percebeu uma diferença muito grande. “Toda a Páscoa sempre tem preços elevados. Quando falta apenas uma semana, os preços ficam mais elevados ainda, e na concorrência também. Acho que o melhor a se fazer é realmente se antecipar, e comprar a maior parte dos produtos antes, como é o caso dos peixes, do vinho. Eu já programei dois dias na próxima semana para fazer isso”, argumenta ela, explicando que, a antecipação passou a ser uma ferramenta que lhe garantiu economizar e evitar a dor de cabeça dos estabelecimentos muito cheios, e de poucas opções.
Mercado local
Na Bahia, a oferta pode variar de acordo com o estabelecimento. O consultor de varejo da Associação Bahiana de Supermercados (Abase), Rogério Machado, explica que os preços dependerão do tempo e dos contratos que as redes varejistas têm com seus fornecedores.
“Há redes atuantes no estado que têm contratos de longo prazo, que já fizeram aquisições antecipadas, há vários meses, e que não devem ter uma variação tão grande de preço. Porém, aqueles que deixaram para repor o estoque agora, certamente pagarão mais, com um aumento que pode chegar a 20%”, afirma ele, explicando que as transições com os fornecedores dos itens importados são feitas em dólar, por isso a variação no câmbio influencia diretamente no preço.
Para contornar as dificuldades financeiras sem sacrificar a ceia, o consultor da Abase recomenda que o consumidor substitua alguns alimentos como o bacalhau e o vinho importado, por produtos nacionais.
“Há peixes salgados, como o linguado, cação, dourado, que podem substituir o bacalhau, que estão em preços bem acessíveis, assim como há vinhos nacionais de qualidade que podem substituir a bebida importada”, recomendou.
Trigo e grãos
Além dos produtos importados, os derivados do trigo também podem sofrer um aumento, já que o cereal – ingrediente de base para a produção de pão, macarrão, além da farinha de trigo – também é importado de outros países. O aumento médio nos preços, segundo Machado, não pode ser calculado, pois cada rede de varejo tem seu modo específico de trabalho para decidir quanto será repassado ao consumidor final.
Já os grãos – como arroz, feijão, soja, milho e ervilha – deverão trilhar um caminho inverso, com baixa nos preços, por conta de uma super-safra de produção recentemente, e também da dificuldade que o Brasil está tendo para exportar commodities agrícolas, por conta do quadro de recessão mundial, e a conseqüente desvalorização das mercadorias. Fator que leva os produtores a vender mais ao mercado interno.
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