MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Acre tem seis municípios em situação de emergência por causa da cheia


Situação mais crítica é em Brasiléia, com mais de 2,4 mil pessoas atingidas.
Xapuri, Brasiléia e Epitaciolândia enfrentam cheias históricas.

Janine Brasil e Yuri Marcel Do G1 AC
Casas foram submersas devido à enchente do Rio Acre, em Brasiléia. Imagem registrada na terça-feira (24) (Foto: Caio Fulgêncio/G1)Casas foram submersas devido à enchente do Rio Acre, em Brasiléia. Imagem registrada na terça-feira (24) (Foto: Caio Fulgêncio/G1)
Mais de 36,5 mil pessoas foram atingidas pelas cheias dos rios acreanos em sete municípios, até esta quarta-feira (25). Por causa disso, o governo do Acre decretou situação de emergência em pelo menos seis cidades do estado, nesta terça-feira (24). São elas Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri, Rio Branco e Tarauacá.

Entre essas cidades a situação mais crítica ocorre em Brasiléia, a 232 km de Rio Branco, onde a Prefeitura decretou calamidade pública, na segunda-feira (23), depois que o Rio Acre ocupou mais de 90% da área urbana. Essa já é considerada a pior enchente da história do município.  Até esta quarta, haviam 286 famílias desabrigadas, 496 desalojadas e 2.493 pessoas atingidas em 13 bairros da cidade.
Já na cidade vizinha, Epitaciolândia, 94 famílias estão desabrigadas, 254 desalojadas e um total de 1.220 pessoas atingidas pela enchente.

No entanto, o rio nas duas cidades tem apresentado sinais de vazante. Na medição da 15h o nível do manancial na região estava em 15,12 metros, 61 centímetros a menos que o registrado às 18h do dia anterior, 15,73.

Mais adiante no caminho feito pelo Rio Acre, a cidade de Xapuri está com problemas na medição. Porém, considerando que às 18h de terça-feira o rio estava com 16,76 metros, a Defesa Civil acredita que o nível das águas já ultrapassou os 17 metros, uma marca histórica para a cidade, assim como ocorre em Brasiléia e Epitaciolandia. Setenta e três famílias estão desabrigadas e 308 estão desalojadas.

Embora em Assis Brasil, o rio Acre esteja em vazante e na medição da 15h estivesse com 6,58 metros, 4,72 metros abaixo da cota de alerta de 11,30 metros, o município foi incluído no decreto de situação de emergência. Segundo o governo, a medida foi tomada porque a cidade, que faz fronteira com o Peru, foi a primeira a sofrer com os efeitos da enchente e porque a situação em Brasiléia dificulta o acesso à cidade pela estrada.

Por fim, na capital o rio estava com 16,10 metros às 15h de quarta, mas a Defesa Civil acredita que o rio esteja subindo seis centímetros a cada três horas e que em até três dias, toda a água que hoje está em Brasiléia e Epitaciolândia deve chegar até a cidade. Até o momento, mais de 600 famílias estão desabrigadas, um total de 2.415 pessoas alojadas no abrigo montado no Parque de Exposições Marechal Castelo e 20 bairros atingidos.
Rio Juruá atingiu a cota de transbordamento nesta terça-feira (24) (Foto: Vanísia Nery/G1)Rio Juruá ainda não deixou desabrigados em
Cruzeiro do Sul (Foto: Vanísia Nery/G1)
Em Tarauacá situação é instável
Saindo da Região do Alto Acre e seguindo para o município de Tarauacá, a situação é instável. Segundo a medição das 15h desta quarta, o manancial que leva o nome da cidade havia baixado seis centímetros e estava com 10,60 metros, mas o nível ainda é oscilante.

Na cidade, 17 famílias estão desabrigadas e mantidas em dois abrigos e 20 desalojadas. Quatro bairros foram atingidos até o momento.

Os rios Juruá e Iaco, que banham respectivamente as cidades de Cruzeiro do Sul e Sena Madureira também ultrapassaram suas cotas de transbordamento, nesta quarta-feira ( 25). Todavia, a população das regiões próximas não precisou deixar suas casas até então. Às 15h o primeiro estava com 13,30 metros e o segundo com 15,94 metros.

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