Carcaça que passou anos na represa do Atibainha foi retirada do local.
Mundano diz que desenhou réplica na pilastra para servir de 'medidor'.
Grafite em pilastra na represa Atibainha. (Foto: Evelson de Freitas/Estadão Conteúdo)“Eu não sei nem quem tirou. Mas tiraram o carro, ou seja, ficamos sem a referência para saber se o nível da água está subindo. O carro foi retirado, e eu coloquei ele de novo, só que pintado no pilar.”
A estrutura do automóvel recepcionava quem visitava a represa. No final de janeiro, o veículo também foi usado como cenário de um clipe caseiro criado por integrantes de bloco de carnaval independente, o “Sereias do Cantareira.” A marchinha e o cordão foram catapultados na internet e viralizaram a imagem.
Carcaça de veículo na represa do Atibainha. (Foto: Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo)Mundano também revisitou outra obra que já tinha inserido no local. Em meio ao solo rachado onde há dois anos havia água em abundância, o artista plantou um cacto com torneiras ao lado dos espinhos. Segundo ele, além de representar a seca, a planta remete ao povo brasileiro por sua força e vigor em ambientes pouco propícios à vida. “Continua em pé lá, vivo, aguentou e está super adaptado, com um broto de flor, virando o Rei da Cantareira.”
Foto
de terça (2) e publicada nesta quarta (3) mostra a instalação 'Deserto
da Cantareira' feita pelo artista e ativista Mundano na represa
Atibainha, parte do sistema Cantareira, em São Paulo. A cidade enfrenta a
pior crise hídrica de sua história (Foto: Nacho Doce/Reuters)
Nenhum comentário:
Postar um comentário