Em meio ao prejuízo de mais de meio bilhão de reais no ano passado, o
HSBC Brasil continua com o esforço para reposicionar as atividades do
banco no País. Em um trabalho que já leva vários trimestres, a filial
tenta migrar negócios para segmentos com maior potencial de crescimento.
Nesse esforço, o banco com sede em Curitiba anuncia o fechamento de 21
agências. Balanço divulgado na manhã desta segunda-feira, 23, em Londres
cita que o HSBC Brasil fechou agências "em áreas com menor potencial de
crescimento". O documento não cita quais unidades foram ou serão
fechadas. O documento explica apenas que o objetivo do banco é
concentrar esforços em áreas urbanas que ofereçam melhores perspectivas e
cita "esforço nos centros urbanos com potencial de rápido crescimento
das receitas". Ao mesmo tempo em que fecha 21 agências tradicionais, o
HSBC Brasil anuncia o lançamento de 60 pontos para vendas e atendimento
automático dos clientes. Também não há detalhes sobre essa iniciativa no
balanço. Entre outras ações para o reposicionamento do banco, o HSBC
cita que "no banco de varejo e gestão de ativos, estamos atualizando
nosso modelo de negócios nos concentrando em segmentos específicos de
clientes". Na pessoa física, o banco tem adotado mudanças nas linhas de
crédito, como a ampliação dos prazos de empréstimos pessoais. Na pessoa
jurídica, houve avanço entre as empresas de médio porte. "No Brasil,
fizemos progressos para transformar nosso negócio a fim de garantir a
sustentabilidade de longo prazo", diz o balanço. Além de estar em um
ambiente econômico menos favorável e com o reposicionamento das
atividades, o HSBC registrou aumento das despesas operacionais no
Brasil. O balanço cita que esses gastos cresceram US$ 796 milhões na
América Latina, especialmente "no Brasil e Argentina em grande parte
pelas renegociações salariais e pressões inflacionárias". Além dos
salários, o HSBC registrou custos extraordinários no Brasil no ano
passado, com a aceleração de depreciação e a baixa em ativos intangíveis
no segmento de varejo e gestão de ativos. "Apesar desses fatos, nossa
política de controle de gastos continua e nós avançamos com nosso foco e
tivemos economia com custos acima de US$ 155 milhões", diz o documento.
(Estado de MInas)

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