Jorge
Ernesto Macedo Geisel
“O
Brasil só cresce durante a noite...porque de noite o governo está dormindo!” – Paráfrase de um ditado popular.
As
elites republicanas brasileiras foram ensinadas a associar o jacobinismo
revolucionário da Revolução de 1789 ao romantismo populista de nossas
ideologias dominantes. A admiração acima de qualquer crítica, sempre
considerada como “progressista”, passa pelo Grande Terror dos jacobinos,
subscrita pelos adeptos dos “justiçamentos” e dos conselhos populares em pauta,
não é o único vetor que move a força de Brasília, mas o fortalecimento do Estado nacional
centralizador e agitador de massa para estabelecimento da ditadura continental
socialista dos trabalhadores sul-americanos, já legalmente instituída como
UNASUR.
Os
instrumentos internos de pressão para o abate das liberdades de pensamento e de
expressão, da crença limitadora da Soberania, são as incontáveis organizações
de patrulha ideológica da sociedade civil, sob controle férreo dos
partidarismos esquerdistas, a diarréia legislativa divisora das camadas
sociais, das origens étnicas e das preferências sexuais, além de num doentio
controle jurisdicional para adoção de formulas violadoras dos resultados
eleitorais e para a punibilidade relativa dos políticos corruptos.
Poucos
são os nossos políticos que estudam ou lêem para estarem mais instruídos.
Aliás, nossas bibliotecas e universidades são paupérrimas em títulos e autores
que não rezem pela cartilha do processo de formação da hegemonia acadêmica de
esquerda. Poucos leram ou lerão Hobbes e sua clássica obra The
Leviathan. Os professores comunistas que o leram, não trarão jamais
traduções corretas dos textos, mas a interpretação dialética viciada de suas mentes
aprisionadas por Marx
Pois
bem, Thonas Hobbes, no passado, sempre foi execrado como inimigo da democracia
liberal e promotor da monarquia absolutista, hoje está sendo considerado como
defensor do Estado-mínimo e, pasme
quem quiser, principal teórico do Contrato
Social. Importante frisar que sobre sua teoria assenta-se a doutrina do
Estado constitucional moderno e que, também, postulou a idéia dos Direitos do
Homem.
Hobbes,sem
a descarga emocional igualitária romântica de um Rousseau ou do refino de um
Montesquieu, concede um caráter negativo ao poder do Estado, que não pode ser
legitimado sem que tenha capacidade para respeitar direitos inalienáveis dos
cidadãos à vida, à liberdade e à propriedade. No Estado-mínimo de Hobbes, o
poder é legalmente absoluto, mas a ele não é atribuída qualquer função além da
manutenção da ordem pública. Não há função redistributivista de recursos, ele
não possui patrimônio algum.
O
objetivo do presente artigo, no entanto, não tem a intenção de fazer propaganda
do Estado-mínimo, mas o de
simplesmente ilustrar o quanto de superlativo o Estado tupiniquim já alcançou,
desde o Estado Novo fascista de Getúlio Vargas até os dias de hoje. Pois bem,
até junho de 2011, a força de Brasília, chegava em vendas das empresas, não
financeiras, sob influência do governo federal, equivalentes a quase 30% do PIB e a 2,5 vezes as vendas das
50 maiores empresas privadas do País..
A
chapa branca empresarial, no mundo
dos negócios sob influência federal, somam 675 empresas! São 276, as
controladas pelo Governo e com participação minoritária em 397, além de 2 com
controle compartilhado.
Agora,
vejamos, a participação direta do Tesouro Nacional: 65 empresas, sendo não
financeiras 57, 7 bancos, uma de seguros
(IRB).
Também
além dos canais de infiltração acima, temos 580 empresas, 543 não financeiras,
31 bancos, 6 seguradoras. Na participação direta e indireta de fundos de pensão
estatais descobre-se que 885 não são
financeiras e 3 são em bancos.
As
fontes são: Economática, governo federal e BM&FBovespa e empresas, tudo
computado pela revosta Época, edição 13 de junho de 2011.
Os
escândalos proporcionados pela gestão politiqueira e temerária da PETROBRÁS,
sinalizam que precisamos, com muita urgência, reduzir a força de Brasília ao
mínimo possível. Esqueçamos Hobbes, lembremo-nos de nossos bolsos e do futuro
de nossos descendentes, por favor!
Editado
em 31/01/15 – O autor é Advogado
Nenhum comentário:
Postar um comentário