Em Cruzeiro do Sul, mais de 15 casas são situadas na lateral do cemitério.
Moradores asseguram que é o melhor lugar para se viver.
Elis da Silva diz que a vida ao lado do cemitério é tranquila (Foto: Vanísia Nery/G1)“Morar aqui é bom, é normal, é como morar em qualquer outro local. Não tenho medo nenhum e não tem nada de assustador como as pessoas as vezes falam. As crianças também não têm medo, tem algumas que até brincam lá. Tenho medo é dos vivos que andam aí por dentro, pois como é aberto, têm muitoo usuários de droga, pessoas que vem aí para fumar e roubar. De resto, é muito bom morar aqui, nunca vi nenhum tipo de assombração”, assegura Elis da Silva.
Carmelina Rodrigues vive há 15 ao lado do cemitério de Cruzeiro do Sul (Foto: Vanísia Nery/G1)“A única coisa que assusta a gente aqui são os marginais que vêm fumar droga aí dentro, mas, no restante, quem morreu não vai aparecer para ninguém. É um ótimo local para viver, maravilhoso, normalmente é bem tranquilo, graças a Deus ninguém nunca veio me perturbar aqui não”, relatou a moradora.
Enquanto as pessoas que convivem diariamente com as sepulturas, ao lado do cemitério, não mostram nenhum temor em residir na área, outras que moram bem distante, mas que precisam visitar os túmulos dos parentes mortos mostram pânico em frequentar o lugar. É o caso do aposentado Osmarino Farias Leandro dos Santos, de 68 anos. Cada vez que precisa visitar a sepultura do pai e da mãe diz sentir uma sensação de medo.
“Venho visitar o túmulo do meu pai e da minha mãe, mas não é com coragem não. Meu medo é de alma, Deus me defenda de vir aqui à noite, nunca tive coragem. Até quando venho de dia, só venho quando tem gente aqui. Já tinha medo, mas há quase um mês eu vi uma assombração aqui, senti até um sopro e sai correndo, quase quebrei a perna, de lá para cá o medo só aumentou, imagine morar ao lado do cemitério”, finalizou o aposentado.
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