A servidora pública Valéria Sousa espera, há três anos e cinco
meses, ser nomeada defensora pública. Ela conta que no concurso prestado
em 2011, 164 candidatos foram aprovados e hoje 17 ainda aguardam
nomeação. Por causa da demora, Valéria faz parte da comissão de
aprovados que criou o grupo “Mais defensores na Bahia”, que tem tentado
dialogar com o governo do estado e deputados estaduais para conseguir as
nomeações. “Nesse ano de 2014 não previu a nomeação de todo mundo, a
luta foi que houvesse suplementação orçamentária para conseguir. A gente
tenta para que em 2015 tenha nomeação dos remanescentes, que são 17”,
explica. A preocupação dos aprovados, segunda conta, é com a carência de
defensor público que o estado tem sofrido. Segundo o Mapa da Defensoria
Pública no Brasil de 2013, elaborado pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com a Associação Nacional de
Defensores Públicos (Anadep), o déficit do estado é de 1.015
profissionais. Os números mostram ainda que das 254 comarcas estaduais,
apenas 24 são atendidas pelos defensores públicos.A assessoria de
imprensa da Defensoria Pública da Bahia diz que hoje 267 defensores
atuam no estado, quando a Lei Orgânica do órgão (Lei Complementar
26/2006) estima a necessidade de mais que o dobro: 583. Apesar dos
baixos números, a defensoria baiana é a sexta com maior variação de
cargos providos em dez anos, na marca de 122 postos. A primeira colocada
é a defensoria de São Paulo, que proveu 610 cargos.
Estela Marques, Correio* POLITICA LIVRE
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